A Moove, divisão do grupo Cosan de produção e distribuição de lubrificantes e óleos básicos, passou a usar sua concorrente, a multinacional Gulf Oil, para garantir seu nível de produção após o incêndio na sua fábrica na Ilha do Governador (RJ) em fevereiro. A planta ficou parcialmente destruída.
A Moove produz e distribui produtos da Mobil e de outras marcas para diferentes finalidades, como veículos de passageiros e carga, e equipamentos industrial e comercial.
O incêndio na fábrica da Moove levou a uma queda de 32% no lucro Ebitda e de 10% no volume de vendas, segundo o balanço do primeiro trimestre deste ano da Cosan, grupo comandado por Rubens Ometto.
Segundo a própria companhia, o incêndio “afetou a produção de lubrificantes e consequentemente a consistência da execução da estratégia comercial no trimestre”.
Consultada sobre o uso da estrutura da concorrente para manutenção de sua produção no Rio de Janeiro, a Moove não se manifestou. A empresa disse apenas que está conseguindo manter suas operações, tanto na Ilha do Governador, como em suas plantas no estado de São Paulo.
No entanto, afirmou que o incêndio comprometeu toda a unidade produtiva, restando somente a parte de armazenagem.
Em nota, a Moove disse que, logo após o incêndio, iniciou um plano de continuidade dos negócios devido aos impactos gerados em sua cadeia produtiva.
“Em paralelo, estamos redesenhando o projeto do novo site na Ilha do Governador”, disse.
A reportagem tentou contato com a Gulf, mas não obteve retorno. A empresa concorre com a Cosan não só na produção de lubrificantes e óleos como também na distribuição de combustíveis.
Com sede no Brasil, a Moove tem operação em 11 países da América do Sul, América do Norte e Europa. No ano passado, a empresa planejava abrir capital na Bolsa de Nova York, mas acabou desistindo por considerar as condições de mercado adversas.
Com Stéfanie Rigamonti