A US Steel e a Nippon Steel anunciaram nesta sexta-feira (13) que firmaram um acordo com o governo dos Estados Unidos para selar os termos de uma “parceria” entre as empresas, mais de um ano depois que a siderúrgica japonesa tentou pela primeira vez comprar sua concorrente americana.
O ex-presidente Joe Biden, sob pressão do sindicato United Steelworkers, vetou o acordo com base no argumento de que era uma ameaça à segurança nacional. O presidente Donald Trump, que inicialmente também se opôs ao acordo, mudou de posição e decidiu buscar uma maneira de revivê-lo.
As empresas se referiram ao acordo como uma parceria, ecoando o termo que Trump usou ao descrever a transação apoiada por ele há três semanas. Mas a US Steel não indicou aos acionistas que alterou a venda de US$ 14,9 bilhões para a Nippon Steel que eles aprovaram em abril do ano passado.
“Agradecemos ao presidente Trump e seu governo pela liderança ousada e forte apoio à nossa parceria histórica”, disseram as empresas em um comunicado. “Esta parceria trará um investimento massivo que apoiará nossas comunidades e famílias por gerações.”
As empresas disseram que firmaram um acordo com o governo dos EUA para aliviar quaisquer preocupações de segurança apresentadas pelo negócio, conhecido como acordo de segurança nacional, que prevê aproximadamente US$ 11 bilhões em novos investimentos até 2028.
O acordo também dará ao governo dos EUA uma “golden share” na empresa, assumindo uma participação na companhia.
Nos Estados Unidos, o governo costuma assumir participações apenas em empresas que estão em dificuldades ou com necessidade particular de atenção pública, como a General Motors durante a crise financeira de 2008.