/ Jun 16, 2025

BRF faz abate preventivo de 74 mil galinhas em Goiás – 16/06/2025 – Mercado

A BRF, companhia que controla marcas como Sadia e Perdigão, decidiu fazer o abate preventivo de 74 mil galinhas no interior de Goiás, como medida preventiva para eliminar riscos atrelados à gripe aviária.

A decisão foi tomada após ser confirmado o caso de contaminação de aves domésticas em uma propriedade rural, na cidade de Santo Antônio da Barra (GO). As aves da BRF estavam alojadas em uma granja parceira da empresa, localizada no mesmo município.

O pedido de abate foi formalizado na sexta-feira (13) e autorizado pelas equipes de vigilância do Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária), para que ocorresse neste último fim de semana.

A empresa declarou, em sua solicitação, que “optou por realizar, de forma voluntária e preventiva, o abate de animais saudáveis localizados em uma granja de galinhas para reprodução de ovos da BRF, localizada na região de Santo Antônio da Barra (GO)”.

Segundo a BRF, a medida foi “uma decisão estratégica da companhia e inclui apenas essa propriedade, localizada em raio de vigilância de suspeita de foco de IAAP, em aves de subsistência”.

O Mapa adota, como critério técnico, o isolamento e a inspeção detalhada da situação de produtores que estejam em um raio de até 10 km em relação ao ponto onde o caso for confirmado. Essa mesma medida foi tomada em Montenegro (RS), onde foi confirmado o primeiro caso de gripe aviária numa granja comercial de frangos em todo o país.

“A ação contribui de forma preventiva para a manutenção do status de biosseguridade em relação à doença em todo o país, em alinhamento com os esforços do Ministério da Agricultura e da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Goiás”, afirmou a BRF, em seu pedido.

Na solicitação, a BRF declara que o abate das aves deve ocorrer em sua unidade de Mineiro (GO), a cerca de 230 quilômetros de Santo Antônio da Barra. As aves abatidas, segundo a empresa, deverão ser usadas exclusivamente como matéria-prima para processamento industrial, de utilização interna da própria indústria, o que significa, a prática, que podem ser transformadas em ração, por exemplo, entre outras finalidades.

Por meio de nota enviada à reportagem, a BRF reafirmou que se trata de uma ação voluntária e preventiva e que “a medida foi uma decisão estratégica da companhia e incluiu apenas as aves de uma propriedade que estava no raio de vigilância do foco”. A ação, segundo a empresa, foi iniciada e concluída no último final de semana.

A crise da gripe aviária teve início em 16 de maio, quando foi oficializado o caso de Montenegro. Desde então, novos casos foram confirmados, mas em aves silvestres, como nos zoológicos de Sapucaia do Sul (RS) e de Brasília (DF), além de casos de aves de subsistência confirmados em Mato Grosso e Goiás.

Na sexta-feira (13), o governo de São Paulo também confirmou o primeiro caso de gripe aviária no estado em 2025. O registro foi feito em uma ave silvestre migratória, que não estava em uma granja e não era comercializada ou utilizada para produção de alimentos. A ave estava no centro de Diadema (Grande São Paulo).

Na última semana de maio, a Seara, empresa do Grupo JBS, concorrente da BRF, fez o abate emergencial de 67,1 mil frangos que estavam em uma granja da empresa, numa área próxima do foco de gripe aviária identificado em Montenegro.

O descarte das aves também foi autorizado pelo Mapa. Na ocasião, a empresa declarou que, “ainda que não fosse obrigada a fazê-lo pelas normas sanitárias, a Seara voluntariamente solicitou o abate das aves mencionadas por razões comerciais e de lógica de produção”.

A orientação dos agentes de segurança é nunca tocar em aves que possam apresentar sinais clínicos de influenza aviária. O consumo de aves e ovos não transmite a doença, diferentemente do contato direto com o animal infectado.

Na semana passada, o MPO (Ministério do Planejamento e Orçamento) pediu uma série de esclarecimentos ao Mapa sobre uma solicitação de crédito extraordinário de R$ 138,5 milhões para bancar medidas tomadas no combate à crise da gripe aviária, além de outras três pragas enquadradas como emergências agropecuárias.

Os focos confirmados em aves de subsistência em alguns estados não alteram o período de 28 dias de “vazio sanitário” estabelecido após a desinfecção da área em Montenegro. O termo é utilizado para definir o período para a erradicação total da doença na região, o que ocorrerá em 19 de junho, se nenhum novo caso se confirmar em granjas e frigoríficos.

O foco da doença no Rio Grande do Sul levou a embargos de vários países, como Uruguai, Chile, México, China e países da União Europeia, que suspenderam as importações de frango brasileiro. Até a última quarta-feira (4), a suspensão total das exportações de carne de aves do Brasil abrangia 47 países.

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