/ Jun 16, 2025

Massacre: Auckland perde de 10 a 0, um recorde em Mundiais – 16/06/2025 – O Mundo É uma Bola

Logo no segundo dia da Copa do Mundo de Clubes (o Supermundial da Fifa), um recorde. O de maior goleada da história dos Mundiais.

O gigante alemão Bayern de Munique aplicou nada menos que 10 a 0 (6 a 0 no primeiro tempo, 4 a 0 no segundo tempo) no frágil Auckland City, da Nova Zelândia, na partida no estádio TQL, em Cincinnati.

Nunca nos Mundiais masculinos da Fifa –o de clubes teve sua primeira edição em 2000, no Brasil, com vitória do Corinthians, e o de seleções, em 1930, com o Uruguai campeão–, alguém tinha tomado uma surra tão grande.

Assisti inteiramente apenas ao primeiro tempo do jogo deste domingo (15), que parecia um adultos x crianças, tamanha a disparidade física e técnica entre os jogadores.

Jogando em ritmo de treino, o timaço do Bayern, recheado de jogadores que defendem seleções de ponta (de Alemanha, França, Inglaterra, Croácia, Portugal), começou, a partir dos 5 minutos, a fazer um gol depois do outro nos semiprofissionais neozelandeses.

Os atletas do Auckland, mesmo os estrangeiros (todos desconhecidos), não vivem principalmente do futebol, que é uma espécie de segundo emprego, jogado nas horas vagas. Não recebem salário do time, mas somente uma ajuda de custo, um valor simbólico.

Durante a transmissão, narradores/comentaristas citaram que havia um atleta do Auckland que era engenheiro e outro que era estoquista. Tinha também corretor de imóveis, agente de seguros, representante comercial, fisioterapeuta etc.

O 10 a 0 em Ohio foi humilhante, e podia ter sido bem mais, já que o Bayern não jogou pisando fundo no acelerador e o mega-artilheiro Harry Kane, pouco inspirado, não fez gol. Marcaram Musiala (3), Coman (2), Olise (2), Thomas Müller (2) e Boey.

Vendo o jogo, fiquei com a certeza de que muito time de várzea aqui do Brasil venceria o Auckland em um embate. Ruim demais esse da Oceania. Os jogadores mal conseguiam dominar a bola, que lhes escapava facilmente. Passes errados em abundância, marcação frouxa. Placar final das finalizações? Bayern 31 x 1 Auckland.

Tive pena. Assim como tive pena de El Salvador, mais de 40 anos atrás. Uma das minhas grandes lembranças da Copa do Mundo de 1982, na Espanha, é a sova da Hungria nos salvadorenhos na fase de grupos.

Lembrar-me-ei para sempre do nome Guevara Mora. Era o goleiro que tomou dez gols dos húngaros. Ele foi apanhar a bola no fundo do gol dez vezes, assim como o fez o goleiro neozelandês Conor Tracey, que precisou tirar licença não remunerada de seu emprego para atuar no Supermundial e evitou um 17 a 0 ao fazer sete defesas.

A diferença daquele jogo de 1982 (coincidentemente também em um 15 de junho) para este de 2025 é que El Salvador conseguiu marcar um gol. O 10 a 1 no Nuevo Estadio, em Elche, estabeleceu-se como a maior goleada em Mundiais da Fifa. Superada pelo 10 a 0 de agora.

Até então, nas disputas entre clubes organizadas pela entidade máxima do futebol, o placar mais elástico tinha sido o 6 a 1 do Al Hilal (Arábia Saudita) no Al Jazira (Emirados Árabes Unidos), nas quartas de final da edição de 2021, quando a competição teve sete equipes –desta vez, em formato inchado inédito, são 32.

Como alento para o Auckland, na Copa de 1982, depois do 10 a 1 na estreia, El Salvador não foi mais massacrado. Perdeu as duas partidas seguintes, porém decentemente: 1 a 0 para a Bélgica e 2 a 0 para a Argentina de Diego Maradona.

Neste Supermundial, o Auckland ainda enfrentará o português Benfica, na sexta (20), e o argentino Boca Juniors, na terça (24).


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