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Como fazer a pizza perfeita (ou carbonizada) em apenas 1 minuto – 17/06/2025 – Cozinha Bruta

Algumas semanas atrás, eu escrevi uma coluna sobre a tarde em que me arrisquei com um forno de pizza elétrico que chegava a 500 ºC –e obtive resultados satisfatórios, embora chamuscados.

No sábado passado (14), levei a brincadeira alguns passos adiante. Pus-me a pilotar um forno napolitano real oficial, na pizzaria Baco, em Brasília. Fui lá para a Pizzafest, evento promovido pela Associação da Verdadeira Pizza Napolitana (AVPN).

Cuidei da pizza apenas a partir da etapa de enfiá-la no forno. A massa foi feita pelo pessoal da Baco. Quem a abriu e colocou as coberturas foi o gente finíssima Peterson Secco, da pizzaria Abbiamo Fatto, em Canela (RS), meu instrutor aquela noite.

Na coluna sobre o forno elétrico, eu comparei operá-lo a pilotar uma Ferrari –algo dificílimo quando você está acostumado a dirigir um Fiat Uno. Permitam-me desenvolver a comparação, ainda mais adequada ao forno à lenha aprovado pela AVPN.

Em outra encarnação, quando eu era editor de revista masculina, acabei numa pista de corrida para testar um modelo de carro esportivo que estava sendo lançado à época. Nunca havia pilotado antes, por falta de interesse e de dinheiro para tão dispendioso hobby.

Não é nada gostoso. O volante é duro e precisa de força muscular para ser controlado. A aceleração da máquina faz você passar mal –tanto que os organizadores da parada recomendavam que se comesse pouco no café da manhã (e ainda assim teve gente que vomitou na pista ou precisou de socorro no ambulatório móvel).

O forno napolitano também é assim: uma fera que exige conhecimento e preparo de quem vai pilotá-lo. Com temperaturas acima de 430 ºC, ele assa a pizza em um minuto ou pouco mais. Qualquer vacilo, a comida vira carvão.

Sob a tutoria do Peterson, eu consegui evitar a carbonização da pizza, mas num esquema de tira-e-põe, verificando fora do calor que parte da massa precisava de mais tempo de forno. Nada como fazem os velozes pizzaiolos.

Resumo da ópera, eu não aprendi a fazer pizza como um profissional. Mas aprendi a respeitar ainda mais o trabalho dos pizzaiolos, que parece tão banal para quem observa da mesa posta, tomando um chopinho.

O jornalista Marcos Nogueira viajou a Brasília a convite da Pizzafest Brasil


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