A Enel São Paulo abriu uma nova chamada pública que destinará R$ 60 milhões para projetos de eficiência energética em 2025. Podem participar órgãos públicos, empresas de comércio, serviços e atividades rurais e clientes residenciais da área de concessão da distribuidora.
As inscrições vão até 22 de agosto e devem ser feitas pelo site https://enel-sp.chamadapublica.com.br. O programa, regulado pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), financia ações como instalação de painéis solares, modernização de redes elétricas e troca de lâmpadas, aparelhos de ar-condicionado e refrigeradores. O objetivo é reduzir o consumo de energia e economizar nas contas de luz.
Na seleção, os critérios que mais pesam são a relação custo-benefício —quanto mais eficiente o projeto, maior a pontuação— e o potencial de economia de energia.
“Também avaliamos outros pontos, como a contrapartida do cliente e a viabilidade técnica. No fim, os projetos são ranqueados e distribuímos os recursos”, explica Márcia Massotti, diretora de sustentabilidade da Enel Brasil.
Os R$ 60 milhões serão distribuídos entre quatro categorias:
- R$ 20 milhões para poder público e serviços públicos;
- R$ 15 milhões para iluminação pública;
- R$ 5 milhões para clientes residenciais; e
- R$ 20 milhões para comércio, indústria, serviços e setor rural.
No caso do setor público e entidades sem fins lucrativos, o financiamento é o chamado “fundo perdido”, ou seja, as instituições não precisam devolver o recurso investido e já sentem a economia na conta de luz assim que o projeto for finalizado.
Já para clientes residenciais, comerciais, industriais ou rurais, funciona como um “contrato de desempenho”. Nesse caso, a conta de energia será mantida no valor que pagavam anteriormente, sem a economia, até que seja pago o gasto com o projeto.
O perfil dos projetos selecionados tem sido puxado principalmente por hospitais e instituições de ensino, que representam mais da metade dos recursos investidos. “São instituições que têm um uso muito forte de energia, e qualquer economia é relevante. Esse dinheiro volta para a sociedade, porque deixa de ser gasto com energia e pode ser aplicado em outras áreas”, afirma Márcia.
O interesse por esse tipo de projeto, diz Márcia, vem crescendo. “Acho que essa é uma tendência de todos os clientes, independente da tipologia. Vemos essa conscientização cada vez maior sobre as mudanças climáticas e sobre o que cada um pode fazer para evitar esse impacto.”
O valor disponível este ano foi ampliado: na edição anterior, era de R$ 50 milhões. “No ano passado, a gente recebeu em torno de 35 propostas de projetos, e só podíamos financiar 23”, diz.
Entre os beneficiados na edição passada estão instituições como o Instituto Butantan, o Hospital do Coração, o Hospital Alemão Oswaldo Cruz, o Hospital Estadual de Diadema, bem como prefeituras, escolas estaduais e universidades.
Além da chamada pública, a Enel também mantém outros programas de eficiência, como a troca de geladeiras e lâmpadas para famílias de baixa renda e o bônus na conta de luz para reciclagem de materiais.
Desde que assumiu a concessão, em 2019, a Enel declara ter investido cerca de R$ 305 milhões em projetos de eficiência energética na Grande São Paulo. No ano passado, segundo a empresa, foram R$ 64,9 milhões investidos, com 497 mil lâmpadas substituídas, 5.680 refrigeradores trocados e 8,3 mil toneladas de CO₂ evitadas.