Empresários brasileiros apresentaram, nesta terça (17), a representantes do governo brasileiro e de indústrias da Alemanha um pedido para a revogação da bitributação entre os dois países como forma de impulsionar as relações comerciais e o investimento no Brasil.
O documento, elaborado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), foi entregue hoje durante o Encontro Econômico Brasil-Alemanha (EEBA), em Salvador (BA).
“A parceria Brasil-Alemanha vai nos levar a avanços, especialmente em áreas em que temos grande potencial como a transição energética, com fomento aos biocombustíveis e ao hidrogênio verde”, disse Ricardo Alban, presidente da CNI.
“Mas precisamos retomar as negociações do acordo de revogação da dupla tributação, a ratificação do acordo Mercosul-União Europeia e a criação de uma plataforma bilateral para desenvolvimento tecnológico, certificação e exportação de fontes renováveis.”
O Brasil perdeu relevância nos últimos anos como exportador para a Alemanha. De acordo com levantamento da CNI, as exportações da indústria de transformação brasileira para o país europeu registraram resultado negativo na última década –caíram 3,4% entre 2015 e 2024.
Segundo Alban, o Brasil passou de 8º para 15º colocado no ranking de fornecedores de fora da União Europeia para a Alemanha. E isso é ruim para a economia brasileira porque, a cada R$ 1 bilhão exportado do Brasil para a Alemanha, são criados 26 mil empregos, o que responde por R$ 504,3 milhões em massa salarial.
Com Stéfanie Rigamonti