/ Jun 18, 2025

Café recua e alimentação tem deflação neste mês em SP – 17/06/2025 – Vaivém

Os preços dos alimentos nos supermercados, refletindo o comportamento do campo, registraram a primeira deflação do ano. A segunda quadrissemana de junho, que compara os preços acumulados dos últimos 30 dias até 15 de junho com os dos 30 imediatamente anteriores, indicou queda de 0,26% nos alimentos.

Os dados são da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), divulgados nesta terça-feira (17). As grandes pressões dos primeiros meses do ano, como café e ovos, começam a dissipar. O preço do café, um dos principais itens entre os que vêm castigando o bolso do consumidor, está perdendo força.

A saca de café robusta, que puxou também o preço do arábica, iniciou 2024 a R$ 803, subiu para até R$ 2.050 na média de fevereiro deste ano e vem recuando devido ao avanço da colheita. Na média deste mês, a saca vale R$ 1.338, com queda de 35% em relação ao pico de fevereiro. O arábica caiu 14% neste mesmo período, segundo cotações do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada).

A alta do café no campo, devido à menor oferta mundial do produto, puxou os preços no varejo. Embora a taxa de evolução do café em pó tenha recuado para 4,67% em junho, bem abaixo dos 9,42% do pico, em fevereiro, o consumidor ainda paga 89% a mais pela bebida nos últimos 12 meses. O avanço da safra do arábica deverá equilibrar mais os preços do mercado.

O arroz também ajudou nessa deflação dos alimentos. O cereal está com o menor preço nominal dos últimos 42 meses no campo. Após atingir R$ 119 por saca na média de outubro do ano passado, a saca está em R$ 67,9 no Rio Grande do Sul.

Nos supermercados, a Fipe voltou a registrar queda de preços para o cereal na segunda quadrissemana, acumulando retração de 12,5% para os consumidores desde o início do ano.

As carnes também mantêm queda de preços no campo. A arroba de boi tem leve retração em maio e em junho, em relação aos meses anteriores, e o quilo de carne suína acumula perda de 8% no ano. O preço do frango, influenciado pela redução das exportações, devido ao primeiro caso de gripe aviária em uma granja comercial no país, teve queda de 13% na média deste mês no campo, em relação a maio. Apesar desse recuo de preços do frango nas granjas, o consumidor continua pagando mais caro pela proteína, segundo a Fipe.

Os preços na segunda quadrissemana, que reflete o período do anúncio da gripe aviária até agora, indicam que o frango mantém alta de 0,22%.

Os ovos, que tiveram forte influência nos preços dos alimentos em março, quando a alta no início do mês chegou a 20%, estão com queda de 7% neste mês.

O leite também ajudou na redução da inflação. Os preços, que vinham em alta em maio, estão recuando nos primeiros 15 dias deste mês no varejo.

Os produtos “in natura”, passados os efeitos climáticos dos primeiros meses do ano, voltaram a cair de preço. A queda foi de 3,2%, puxada principalmente pela redução de 6% nos legumes e de 4,4% nas verduras. Com taxa menor, as frutas ficaram 2,8% mais baratas, segundo a Fipe.

Tomate, com queda de 13% nos últimos 30 dias; alface, 5% a menos, e melão, com recuo de 17%, lideraram as retrações de preços em seus respectivos grupos.

A contribuição na deflação veio ainda do óleo de soja, em queda há vários meses devido à perda de preço da soja, e do azeite de oliva, que, passada a escassez mundial na oferta, teve uma melhora na produção, principalmente nos países da Europa.

Dos 20 produtos que mais vem puxando a inflação para baixo, 13 são do setor agropecuário, segundo os dados desta terça-feira da Fipe.


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