/ Jun 18, 2025

Dona do Mounjaro compra empresa de genética Verve – 17/06/2025 – Mercado

A farmacêutica Eli Lilly anunciou nesta terça-feira (17) que fechou um acordo para comprar a startup de tratamento genético Crispr Verve Therapeutics por até US$ 1,3 bilhão (R$ 7,13 bilhões), em sua mais recente aquisição para impulsionar sua oferta de medicamentos experimentais.

A farmacêutica dos EUA disse que pagará aproximadamente US$ 1 bilhão (R$ 5,48 bilhões) adiantados em dinheiro pela Verve, que está desenvolvendo uma terapia de edição genética para tratar o colesterol ruim, e mais US$ 300 milhões com base no alcance de certos avanços clínicos obtidos pela empresa de biotecnologia. A aquisição deve ser concluída no terceiro trimestre deste ano.

O acordo avalia as ações da Verve em US$ 13,50 se todas as metas de desempenho forem atingidas, mais do que o dobro do preço médio de suas ações nos últimos 30 dias. A transação está entre as primeiras aquisições de uma empresa de biotecnologia listada que utiliza a aclamada tecnologia de edição genética Crispr.

A principal terapia genética da Verve, que teve sucesso nos ensaios de fase um no início deste ano, tem como alvo o PCSK9, um gene ligado aos níveis de colesterol e à saúde cardiovascular. O medicamento poderia ser usado para tratar uma forma genética de colesterol, bem como doença arterial coronariana em estágio inicial. O remédio está atualmente na fase 2 de testes, que ainda tem mais duas etapas antes de sua aprovação por agências regulatórias.

O anúncio da Eli Lilly ocorre após um período difícil para startups de tratamento genético e durante um período lento para negociações na indústria farmacêutica. Apesar de algumas grandes companhias do setor precisarem lidar com a iminente expiração de patentes lucrativas, as empresas decidiram não gastar em grandes fusões e aquisições.

As ações da Verve subiram para pouco acima de US$ 11 nas negociações pré-mercado desta terça-feira, mas permanecem muito abaixo do nível de apenas alguns anos atrás, quando atingiu US$ 74 em 2021 durante o auge do entusiasmo em torno dos tratamentos emergentes de terapia genética.

O setor enfrenta turbulências no mercado decorrentes da ameaça de tarifas sob o presidente dos EUA, Donald Trump, e da incerteza regulatória causada pela posição do cético de vacinas Robert F. Kennedy Jr. na direção do departamento de saúde dos EUA.

No entanto, houve sinais nas últimas semanas de uma retomada na atividade de negociações no setor biofarmacêutico. A farmacêutica francesa Sanofi fechou este mês um acordo de até US$ 9,5 bilhões com a empresa de biotecnologia imunológica Blueprint Medicines, enquanto a Bristol Myers Squibb concordou com uma parceria de até US$ 11,1 bilhões com a farmacêutica alemã BioNTech para desenvolver uma nova imunoterapia contra o câncer.

Ao contrário de seus concorrentes, a Eli Lilly não enfrenta a ameaça de receitas decrescentes devido à iminente expiração de patentes por causa do enorme ganho com seus medicamentos para diabetes e obesidade, Mounjaro e Zepbound, que devem gerar mais de US$ 30 bilhões em vendas combinadas este ano, de acordo com projeções de analistas.

A Eli Lilly adotou uma abordagem seletiva para negociações, concentrando-se em medicamentos experimentais em vez de remédios em fase comercial. A famacêutica já fechou neste ano acordos de até US$ 2,5 bilhões com a empresa de biotecnologia oncológica Scorpion Therapeutics e de até US$ 1 bilhão com a especialista em dor SiteOne Therapeutics.

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