Joia da coroa. É assim que Rodrigo Monteiro, diretor da CCR Rodovias, classifica a Rodovia dos Bandeirantes, ou AutoBan. “É uma estrada referência em número de passageiros e volume de carga, que liga a capital a cidades importantes do estado de São Paulo”, justifica.
Administrada desde 1998 pela CCR, a rodovia de 159,67 quilômetros de extensão segue invicta na categoria, com três vitórias em três edições. Este ano, foi considerada a melhor estrada para viajar por 21% dos paulistanos das classes A e B ouvidos pelo Datafolha.
Projetos voltados à segurança e à fluidez do tráfego —nesta ordem, garante Monteiro— explicam a aprovação. “Focamos na segurança de todos, usuários, funcionários e prestadores de serviço. Mas, se for preciso interromper o trânsito para salvar vidas, sem dúvida o faremos”, avisa.
Uma robusta infraestrutura mecânica e tecnológica, que os viajantes nem sempre enxergam, funciona 24 horas, sete dias por semana.
O cérebro é o Centro de Controle Operacional (CCO), localizado em Jundiaí (SP), de onde saem os comandos para a frota de 25 guinchos, 18 veículos de inspeção, 3 caminhões-pipa, um caminhão-guindaste, quatro reboques para captura de animais, 12 ambulâncias e uma unidade de atendimento pré-hospitalar avançado.
Imagens captadas por 106 câmeras são monitoradas em tempo real. “Já começamos a substitui-las por câmeras com detecção automática, que fazem soar um alarme. Não podemos perder um segundo sequer entre a ocorrência de um acidente e a tomada de providência pelo operador”, diz o executivo.
Outras modernizações estão em curso. Robôs, ainda em fase de teste, já podem ser vistos fazendo a sinalização de trechos em obras —e eles são muitos, já que a AutoBan está sendo inteiramente recapeada, processo que já atinge 52% da extensão e tem conclusão prevista para abril de 2026.
O novo asfalto agrega borracha de pneus reciclados, tecnologia que reduz o tempo de frenagem e garante maior conforto. “O carro anda macio, de forma mais silenciosa. Até o fim do recapeamento, teremos reaproveitado 1,3 milhão de pneus. Custa 30% mais caro do que o asfalto convencional, mas achamos que o ganho em segurança e conforto compensa”, Monteiro adianta.
A CCR se prepara para outras duas mudanças importantes em médio prazo: a desativação das praças de pedágio de barreira, que serão substituídas pelo sistema free flow, e dos telefones de emergência.
De acordo com o diretor da concessionária, as chamadas call boxes eram fundamentais 27 anos atrás, quando foi assinado o contrato de concessão, porque a cobertura das torres de telefonia celular era insuficiente —o que já mudou.
“Os telefones são muito pouco usados e demandam uma manutenção cara. Na AutoBan, há só um pequeno trecho sem sinal, o que se resolve com a instalação de uma única antena. Nossa intenção é que, em até dois anos, as call boxes não sejam mais necessárias.”