/ Jun 27, 2025

Brotas e Rio são favoritos para esportes radicais – 25/06/2025 – Turismo

Localizado a 250 quilômetros da capital, o município de Brotas se auto-intitula a capital do turismo de aventura —parece que os paulistanos ouvidos pela pesquisa Viaja São Paulo assinam embaixo. Pela segunda vez, a cidade venceu na categoria melhor destino para a prática de esportes radicais, com 9% das menções espontâneas este ano.

De fato, Brotas parece ter sido talhada para fazer o visitante sentir frio na barriga. É possível montar em quadriciclos para afundar em atoleiros e derrapar (de propósito) em estradas cobertas de lama. Ou, sustentado por cabos, se jogar de uma plataforma de queda livre a 25 metros de altura.

Quem achar pouco pode praticar canionismo: consiste em descer por cânions e cachoeiras de até 40 metros de altura, pendurado por uma corda, enquanto sente a força da queda d’água batendo na cabeça.

O rafting, descida pelas corredeiras em botes infláveis, continua sendo o cartão de visitas da cidade – trata-se de uma versão mais radical do boia cross, atividade que ajudou Brotas a se erguer como destino turístico. Quem conta a história é Tamires Favoretto, secretária executiva da Associação das Empresas de Turismo de Brotas e Região (Abrotur).

“Descer o rio Jacaré-Pepira boiando em câmaras de pneus já era hábito entre moradores. Quando um curtume quis se instalar na cidade, três décadas atrás, ambientalistas fizeram uma campanha para que a população passasse a usar ainda mais o rio. O curtume desistiu, a atividade foi crescendo e começaram a surgir agências de turismo especializadas”, ela diz.

De lá para cá, a oferta de esportes radicais explodiu —em 2024, Brotas inaugurou seu nono parque natural, o Ecoparque São Bento. As férias de verão, entre dezembro e fevereiro, são o período mais requisitado, seguido das férias de julho. “Nem as chuvas atrapalham, pelo contrário. São aguardadas com ansiedade, porque mantêm os rios cheios”, afirma Favoretto.

As tirolesas de Brotas —existe até uma em curva— estão entre as atrações mais populares. Mas o Observatório do Turismo 2024, relatório elaborado pela secretaria municipal de turismo, mostra que o rafting ainda é disparado o mais procurado e responde por 30% das atividades radicais contratadas.

No Viaja São Paulo 2025, Brotas não está sozinha na categoria —este ano, deu empate. Em função da margem de erro da pesquisa, a cidade paulista divide o primeiro lugar com o Rio de Janeiro, que alcançou 7% das menções.

Além de ostentar alguns dos cartões-postais mais famosos mundo afora, a capital fluminense é eficiente na oferta de experiências radicais para quem busca mais do que contemplação —dos saltos de asa delta da Pedra da Gávea ao mergulho nas Ilhas Cagarras, passando pelo rapel no complexo turístico do Pão de Açúcar e pelo kite surf na Barra da Tijuca.

Em todas as modalidades, a paisagem carioca atua como protagonista. Entre as modinhas dos últimos verões estão a prática de remo em canoa havaiana, para aproveitar o pôr-do-sol no mar, e o stand up paddle no fim da madrugada, para admirar o nascer do dia.

Na opinião de Daniela Maia, secretária municipal de turismo do Rio de Janeiro, a cidade que recebeu 744 mil turistas estrangeiros entre janeiro e março de 2025, um recorde histórico segundo a Embratur, tem se destacado como destino de esportes radicais pela conveniência que oferece aos praticantes.

“Temos uma vantagem em relação a outras cidades: somos uma metrópole com arte, cultura, festivais e feiras de negócios internacionais. Se você chega para outra atividade e quer voar de asa delta ou surfar, não precisa andar quilômetros. Aqui, tudo fica perto, porque a cidade está integrada à natureza.”

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