A Trump Mobile recuou da afirmação de que seu smartphone dourado seria “Fabricado nos EUA”, apenas uma semana após seu anúncio.

A rede de telefonia lançada pela Trump Organization alterou seu site para dizer que o smartphone de US$ 499 vai “nascer aqui mesmo nos EUA” e “projetado com valores americanos em mente”, depois de prometer na semana passada que o produto seria fabricado nos Estados Unidos.

Declarações de que o celular T1 começaria a ser enviado em agosto também foram removidas. O site agora diz que o modelo será lançado “ainda neste ano”.

A Trump Mobile não respondeu imediatamente a um pedido de comentário. A empresa havia declarado anteriormente que a fabricação ocorreria no Alabama, Califórnia e Flórida.

Nenhum smartphone popular é fabricado nos EUA. Um selo formal “Fabricado na América” exige que “todos ou praticamente todos” os componentes de um produto sejam fabricados nos EUA.

Especialistas questionaram se um dispositivo de consumo competitivo poderia ser construído usando componentes fabricados nos EUA, dado o papel desproporcional da China na cadeia global de suprimentos de smartphones.

Pelo menos 80% de todos os componentes de smartphones são fabricados na China, de acordo com estimativas da Counterpoint Research. Os dois maiores fabricantes de smartphones vendidos nos EUA, Apple e Samsung, dependem fortemente da Ásia como base de fabricação.

O esforço da Trump Organization —liderada pelos filhos do presidente Donald Trump, Donald Trump Jr. e Eric Trump— para criar um smartphone fabricado nos EUA segue os esforços do presidente para trazer essa cadeia de suprimentos para o país.

Trump criticou a Apple por depender da China e da Índia para fabricar o iPhone, ameaçando a gigante de tecnologia com tarifas de 25%.

Os termos e condições para pré-encomenda do telefone T1 também foram alterados, esclarecendo que os clientes precisarão se inscrever simultaneamente no plano de telefonia.

O plano, que custa US$ 47,45 por mês (R$ 260) em referência aos mandatos presidenciais de Trump, é oferecido por uma empresa pouco conhecida da Flórida chamada Liberty Mobile Wireless, fundada em 2018 e sediada na Trump Tower de Miami.

As especificações do smartphone prometido no site foram atualizadas, com o tamanho da tela reduzido de 6,78 polegadas para 6,25 polegadas, e a remoção de uma promessa anterior de 12 GB de memória RAM.