/ Jul 01, 2025

Banqueiros minimizam tensão entre governo e Congresso – 30/06/2025 – Painel S.A.

Três banqueiros ouvidos pelo Painel S.A. afirmam que a disputa de forças entre o Congresso e o presidente Lula em torno do aumento do IOF marca o início de uma fase de confrontos que se estenderá até 2026.

Para eles, o governo entendeu, com o episódio do IOF, que o grupo com quem negociava apoio no Congresso é o mesmo que tenta asfixiá-lo financeiramente para que Lula se enfraqueça até a campanha eleitoral.

Um dos executivos, acionista de uma dos maiores bancos de varejo do país, considera que a recente declaração pública do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de que é hora de vestir o uniforme do embate, foi um recado já ciente dessa realidade junto ao Congresso.

Essa avaliação, no entanto, não é a mesma feita pelos outros dois banqueiros. Para eles, apesar da tensão e os danos de imagem ao governo com o revés no Congresso, o IOF não foi aprovado, mas, em contrapartida, há na mesa outras medidas que geram receitas para o governo: o leilão de novas áreas do pré-sal, um recolhimento maior de dividendos dos bancos e a intensificação de congelamento das despesas e revisões de gastos, como os tributários.

Um desses executivos lembra que Haddad foi até aconselhado por parlamentares a ingressar com um projeto de lei para o corte de 10% dos gastos tributários não protegidos pela Constituição. Isso exigiria menos votos e traria novas receitas.

O ministro, contudo, prefere mais segurança, algo oferecido por uma emenda constitucional. Neste caso, precisa de apoio de dois terços do Congresso.

Caberá a Haddad a difícil tarefa de negociar no Congresso para tentar, ao máximo, não judicializar as decisões –especialmente a derrubada do IOF.

Assessores do presidente Lula afirmam que ele se irritou com a decisão do Congresso em relação ao IOF, vista como uma interferência no Executivo, a quem cabe regular sobre o imposto, e cogitou ir ao STF.

Os recados do Congresso para o Planalto foram de que o governo não deveria recorrer ao Supremo. Caso contrário, outras medidas de interesse do governo serão barradas.

Com Stéfanie Rigamonti


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