Dizem na TV que é Copa do Mundo (de Clubes), mas tenho dúvidas, ainda não vi o Olodum. O Galvão Bueno, vi. Vejo todo dia. É um inferno, tento sair da sala, mas ele está segurando uma motosserra, o que me deixa meio paralisado —é algo que acontece desde que vi “O Massacre da Serra Elétrica”, que deveria obviamente se chamar “O Massacre da Motosserra” (com ou sem Galvão).
Mas ainda dá tempo. Até sexta-feira este humilde escriba espera ver o Olodum na transmissão global. Afinal, Palmeiras e Fluminense são Brasil no Mundial, certo? Ou seriam apenas Palmeiras e Fluminense?
Talvez tenhamos outros impedimentos neste mundo globalizado. Veja bem, caro leitor e cara leitora, o Bahia passou a ser um time do grupo City, e desde então, todo ano, Carlinhos Brown e Olodum dão as caras na calorenta Manchester para fazer uma festinha uma vez por ano e desejar boa sorte ao City.
Portanto, poderíamos ter o que é chamado de conflito samba-reggae de interesses… ou não… Parem as máquinas. Caso o Manchester City elimine o invicto Al Hilal —esta coluna foi escrita antes do duelo noturno—, teremos um City x Flu. Neste caso, o Olodum estaria liberado.
E Luís (Gente) Roberto já avisou que o Palmeiras é um dos oito melhores times do mundo. Agora, o tricolor do Rio, também. Já aguardo com ansiedade o enfrentamento Fluminense x Palmeiras válido pela 16ª rodada do Brasileiro, marcado para 23 de julho. O chão vai tremer.
E quem teve a tarefa mais complicada? O Palmeiras dominou a maior parte do jogo contra o Botafogo, derrotando o atual campeão nacional e da Libertadores. Não é pouco. O Flu derrubou o vice-campeão da Champions League, ainda que alguns digam que a Inter de Milão não era a mesma do torneio europeu, sem o treinador e com desfalques. Não importa, foi hercúleo.
Aliás, não lembro todos os 12 trabalhos de Hércules, mas matar a hidra de Lerna, acabar com o leão de Nemeia e destruir a Inter de Milão nos acréscimos parecem estar entre eles. Já derrubar o City de Guardiola não é trabalho de Hércules, é milagre de Jesus. E Jesus, o Gabriel, é do Arsenal (uhu).
Curiosamente, quiseram os duendes do futebol que o Palmeiras enfrente nas quartas de final justamente o Chelsea, o time que o derrotou no Mundial de 2021 —e o Flu, provavelmente, o City, se os duendes não aprontarem.
Os jogos dos brasileiros serão disputados em um dos feriados mais celebrados pelos americanos, o 4 de julho, Dia da Independência.
A combinação “Copa do Mundo” e 4 de julho sempre me faz recordar o dramático duelo entre Brasil e Estados Unidos na Copa de 1994. O favoritismo da seleção desapareceu ainda no primeiro tempo, após uma cotovelada do bom-moço Leonardo, que o fez ser expulso. Quando o duelo já estava com cara de prorrogação, Bebeto achou um gol após jogada de Romário, e o Brasil passou com um mirrado 1 a 0.
Mas passar para a semifinal seria uma façanha mais na linha “Independence Day” —os europeus são os alienígenas, quase sem fraquezas. E não pode levar motosserra.
Round 38 – Putfire fez fumaça
Renato Paiva foi do Palmeiras ao Palmeiras: estreou no round 1 do Brasileiro, contra o alviverde, e foi elogiado após o 0 a 0 dos 90 minutos. Foi degolado após novo 0 a 0 em 90 minutos diante do mesmo rival (mas teve o diabo da prorrogação). Com isso, são agora 11 sobreviventes desde o início: Brasileiros 8 x 3 Estrangeiros (Abel, Jardim, Vojvoda e só).
