/ Jul 02, 2025

EUA: Universidade da Pensilvânia vai banir atletas trans – 01/07/2025 – Mundo

A Universidade da Pensilvânia (UPenn), nos Estados Unidos, cedeu à pressão do governo de Donald Trump e concordou em banir atletas trans de modalidades femininas na instituição.

O acordo, anunciado pelo Departamento de Educação, é mais um caso de pressão política do republicano contra universidades de elite do país em pautas político-culturais que opõem as instituições de ensino superior à gestão federal.

A UPenn concordou com o banimento para, em troca, impedir que uma investigação do Departamento de Educação se desdobrasse em um caso no Departamento de Justiça ou se transformasse em um processo paralelo para cortar recursos federais à universidade. A investigação do governo concluiu que a universidade cometeu discriminação de sexo.

O caso focou Lia Thomas, nadadora trans do time da universidade que se tornou alvo de críticas em debates sobre a aplicação de regras específicas para atletas transgênero em modalidades femininas.

O Departamento da Educação abriu a investigação em fevereiro e chegou às conclusões em abril. Segundo a apuração, a UPenn violou artigo de lei que proíbe discriminação de sexo na educação ao “negar às mulheres oportunidades iguais e permitir que homens participassem de competições femininas”.

A universidade ainda se comprometeu a restaurar recordes e títulos de atletas que perderam para Lia Thomas, bem como escrever uma carta para cada uma delas pedindo desculpas, de acordo com o Departamento de Educação.

“O departamento elogia a UPenn por corrigir danos do passado cometidos contra mulheres e meninas e vai continuar lutando incansavelmente para restaurar a aplicação adequada da lei”, afirmou a secretária de Educação, Linda McMahon.

Em fevereiro, logo após Trump assinar decreto que proibia a participação de pessoas trans em modalidades femininas, a NCAA (Associação Atlética Universitária Nacional, na sigla em inglês) atualizou suas regras para contemplar o decreto de Trump.

A UPenn é a mais recente instituição a recuar diante de pressão política e ameaças de cortes de financiamento federal feitos pelo governo Trump.

A Universidade Columbia, de Nova York, concordou em março com uma série de exigências feitas pelo governo como condição para recuperar US$ 400 milhões (cerca de R$ 2,3 bilhões) em financiamento federal cortado pela Casa Branca após acusações de que a escola tolerou o antissemitismo no campus.

As medidas implementadas pela instituição incluem a proibição de máscaras faciais no campus, o empoderamento de agentes de segurança para remover ou prender indivíduos na universidade, e a retirada do corpo docente do controle do departamento que oferece cursos sobre o Oriente Médio.

Harvard é outra instituição que trava embates com Trump. Na segunda (30), o governo concluiu que a universidade violou a lei federal de direitos civis de 1964 em relação ao tratamento dado a estudantes judeus e israelenses, segundo o Departamento de Saúde e Serviços Humanos.

Os embates remontam principalmente a uma carta que o governo enviou à universidade em 11 de abril, propondo uma série de exigências intrusivas, incluindo algumas relacionadas à liberdade acadêmica.

Após a recusa da instituição, a gestão Trump bloqueou subsídios federais para Harvard no valor de US$ 3 bilhões. O presidente também tentou bloquear a possibilidade de a instituição matricular estudantes internacionais, além de ameaçar seu status de isenção fiscal. A universidade processou o governo, afirmando que tais ações violariam a Primeira Emenda da Constituição americana e os direitos ao devido processo legal.

Notícias Recentes

Travel News

Lifestyle News

Fashion News

Copyright 2025 Expressa Noticias – Todos os direitos reservados.