O S&P 500 e o Nasdaq atingiram novos recordes de fechamento nesta segunda-feira (30), encerrando seu melhor trimestre em mais de um ano, conforme esperanças de acordos comerciais e possíveis cortes nas taxas de juros dos Estados Unidos reduzem a incerteza dos investidores.
Ambos os índices de ações americanas encerraram o trimestre com ganhos de dois dígitos.
Acordos comerciais com a China e o Reino Unido alimentaram o otimismo de que uma guerra comercial global pode ser atenuada, com esperanças de que mais acordos sejam alcançados antes do prazo comercial de 9 de julho do presidente Donald Trump.
No Brasil, o dólar caiu a R$ 5,43, menor valor desde setembro de 2024. Desde o início do ano, a moeda norte-americana acumula uma queda de 12,07%, e no mês, um recuo de 5,01%.
O final do trimestre nos EUA também foi influenciado por gestores operando ações para tornar suas demonstrações financeiras ou portfólios mais atraentes no final de um período de entrega de relatórios.
“O otimismo dos investidores parece ter dominado o mercado por aqui”, disse Roy Behren, copresidente do fundo Westchester Capital Management. “Também é comum vermos os mercados ganharem força nos últimos dias de um trimestre por causa do ‘embelezamento’ nas carteiras”
De acordo com dados preliminares, o S&P 500 ganhou 30,24 pontos, ou 0,49%, para fechar em 6.203,31 pontos, enquanto o Nasdaq Composite ganhou 96,28 pontos, ou 0,48%, para 20.369,73. O Dow Jones Industrial Average subiu 257,99 pontos, ou 0,59%, para 44.077,26.
No domingo (29), o Canadá revogou seu imposto sobre serviços digitais direcionado a empresas de tecnologia dos EUA, poucas horas antes de entrar em vigor, em uma tentativa de avançar nas negociações comerciais estagnadas com os Estados Unidos.
Mas o Secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, alertou nesta segunda que os países ainda podem enfrentar tarifas muito mais altas em 9 de julho, mesmo que estejam negociando de boa-fé, e quaisquer extensões potenciais dependerão de Trump.
Enquanto isso, os republicanos do Senado dos EUA tentarão aprovar o amplo projeto de lei de corte de impostos e gastos de Trump, apesar das divisões dentro do partido sobre seu impacto esperado de US$ 3,3 trilhões na dívida pública de US$ 36,2 trilhões. Trump quer que o projeto seja aprovado antes do feriado do Dia da Independência, 4 de julho.
As principais divulgações de dados econômicos dos EUA desta semana incluem a folha de pagamento mensal não agrícola e a pesquisa sobre os setores de manufatura e serviços para junho.
Vários funcionários do banco central dos EUA, incluindo o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, estão programados para falar mais tarde nesta semana.
Uma série de dados econômicos fracos e expectativas de que Trump substituirá Powell por alguém mais flexível aumentaram as apostas de cortes nas taxas do Fed este ano.
As ações dos grandes bancos dos EUA subiram depois que a maioria passou no “teste de estresse” anual do Federal Reserve, abrindo caminho para bilhões em recompras de ações e dividendos.