O Brasil está no radar da companhia aérea marroquina Royal Air Maroc não apenas como destino turístico, mas também como uma estratégia de negócios. A empresa está investindo pesado na renovação e ampliação de sua frota e negocia com a Embraer, entre outras fornecedoras, a compra de 200 aeronaves pelos próximos dez anos.
A novidade foi anunciada pelo próprio CEO da aérea, Abdelhamid Addou, durante evento com empresários brasileiros e internacionais em Marrocos promovido pelo Lide, grupo de líderes empresariais do ex-governador João Doria.
A Embraer já forneceu quatro jatos E190 à Royal Air Maroc. Segundo Addou, a fabricante brasileira é uma “parceira natural” e está sendo considerada para fornecer modelos da linha E-Jet E2, ideais para rotas regionais e de médio alcance.
As negociações acontecem em meio a uma expansão de voos da companhia aérea entre a cidade marroquina Casablanca e São Paulo (que devem chegar a seis frequências semanais até 2026), e os planos de reativar a rota para o Rio de Janeiro.
Durante o evento, Abdelhamid Addou revelou que a empresa pretende multiplicar por quatro o fluxo de voos entre Marrocos e Brasil nos próximos anos. A meta faz parte de uma estratégia mais ampla de expansão global da companhia, que vê o Brasil como um polo prioritário na América do Sul.
Com Diego Felix