/ Jul 09, 2025

Site da Folha faz 30 anos – 08/07/2025 – Poder

A chegada da Folha à internet, em 1995, foi um marco do jornalismo digital e deu início a uma trajetória de constante adaptação editorial e tecnológica. Do texto leve para conexões lentas ao conteúdo com vídeos pensado para redes sociais, buscas e celulares, o jornal respondeu a cada uma das mudanças mantendo a independência e o compromisso com o leitor.

Trinta anos depois, o desafio cresce com a inteligência artificial generativa, que transforma o modo como conteúdos são produzidos, consumidos e distribuídos. Nesse cenário, a Folha reafirma seu papel com base em princípios editoriais que seguem atuais: oferecer jornalismo confiável, sustentado por apuração rigorosa, clareza e responsabilidade com os fatos.

Confira a seguir alguns dos principais destaques deste período.

1995: Folha chega à internet

Em 9 de julho estreia a FolhaWeb, primeiro canal de notícias da Folha na internet. A página, que anos depois seria o primeiro jornal em tempo real em língua portuguesa, entra no ar dois meses após a própria rede mundial de computadores ter passado a funcionar de modo comercial.

Contexto: No Brasil, os internautas são calculados entre 45 mil e 50 mil. No mundo, Netscape lidera a navegação, enquanto Amazon e eBay surgem.

1996 a 1999: internet se populariza; nasce a Folha Online

Em 1996, a edição diária digital da impressa é lançada. Arquivos com cerca de 250 mil textos do acervo são publicados. Em 1999 o site da Folha é batizado de Folha Online.

Contexto: No Brasil, o UOL entra no ar (1996), e os primeiros serviços de acesso discado comercial aparecem. No Mundo, surge o Google (1998), enquanto portais como Yahoo e AOL crescem.

2000 a 2003: boom da internet no Brasil; foco no texto

Em 2000 a Folha Online lança sua primeira versão com formato clássico de portal. No mesmo ano é lançado o Folha WAP, serviço de notícias por SMS. Em 2003 um novo design, com páginas bem mais leves. O desafio maior era exibir o conteúdo a leitores com conexões lentas, por isso a prioridade era o texto. O leitor começa a interagir, e o jornal precisa lidar com uma nova audiência mais participativa: lança o Erramos Online e o Envie Sua Notícia, no ar até hoje.

Contexto: Acesso à internet cresce no Brasil, com lan houses e escolas. Explosão de blogs e fóruns online.

2004 a 2007: redes sociais surgem; imagens dizem muito mais

Em 2006 a Folha tem nova reforma visual, ampliada um ano depois, quando fotografias e galerias de imagens tomam mais espaço. Naquele ano, a Folha lança videocasts diários e podcasts semanais. Também em 2006 entram no ar a seção de comentários dos leitores nos textos e bate-papos de internautas e jornalistas em tempo real

Contexto: Em 2004 nasce o Orkut, que logo domina o Brasil, mesmo ano do Facebook, e YouTube surge no ano seguinte. Conteúdo deixa de ser só publicado e começa a ser compartilhado. Título e imagem ganham importância estratégica.

2008 a 2011: Folha tem primeiro app em HTML5Em

Em 2010 a Folha Online vira Folha.com, com espaço duplicado para vídeos, fotos e áudios. As Redações do impresso e online se fundem, algo pioneiro no Brasil. Naquele mesmo ano é lançada e TV Folha, e Folha e UOL transmitem o primeiro debate presidencial exclusivo para a internet –o evento online foi acessado mais de 1,4 milhão de vezes. Em 2011 são lançados o app em HTML5 para tablets e celulares, a Folha Internacional e o Folhaleaks. Nos 90 anos, Folha se torna o primeiro dos grandes veículos brasileiros a digitalizar seu acervo integralmente.

Contexto: iPhone é lançado nos EUA em 2007; primeiros smartphones com Android chegam em 2008, ano da criação do Spotify. Em 2010 é a vez do iPad. É o começo de uma era mobile.

2012 a 2014: Folha lança paywall no Brasil

Em 2012, com nova reforma visual, o site passa a ter logo e nome Folha de S.Paulo. No mesmo ano torna-se o primeiro jornal do Brasil a instituir o paywall (muro de pagamento), cobrando por conteúdo, modelo que já era usado em jornais relevantes nos Estados Unidos e Europa e passou a ser adotado por todos os grande no Brasil aos depois. Em 2014, com nova reforma, a homepage e as páginas ficam mais verticais, dada a importância crescente da leitura via smartphones.

Contexto: Explosão do uso do WhatsApp e de redes sociais com popularização dos celulares, enquanto Facebook se consolida como forte fonte de tráfego para sites e jornais. O debate sobre como jornalismo passa a competir com desinformação viral aparece.

2015 a 2018: SEO, algoritmos e bolhas; Folha suspende página no Facebook

Em 2017, leitores da Folha que chegam via celular ultrapassam os leitores via desktop. Em 2018, o site é totalmente reformulado, com páginas e capas responsivas, na maior mudança em anos, priorizando vídeos e acessibilidade. Enquanto o tráfego via buscas no Google cresce, Folha anuncia a suspensão da atualização de sua página no Facebook, em movimento inédito em protesto à proliferação de notícias falsas em detrimento ao jornalismo profissional.

Contexto: Segundo IBGE, em 2016 acesso à internet via celular ultrapassa o acesso por desktop. Cresce preocupação com gigantes da tecnologia se tornarem intermediários de audiência e importantes fontes de tráfego.

2019 a 2022: pandemia, salto digital e personalização na Minha Folha

Folha bate recorde de audiência durante a pandemia de Covid, cujo conteúdo é liberado do paywall. Em 2021 é lançada a Minha Folha, área personalizada de conteúdo para assinantes, e ampliada a oferta de newsletters. Em 2022, os aplicativos do jornal são unificados, deixando a Edição Folha, Minha Folha e notícias em tempo real num mesmo lugar.

Contexto: A audiência é cada vez mais fragmentada. Na esteira do TikTok, que cresceu em 2018, Instagram lança Reels em 2020 e consolida o consumo de vídeos curtos. Em 2021 aparece o Discover, do Google, uma nova fonte de audiência para os sites.

2023 a 2025: começa era da inteligência artificial

A inteligência artificial, inicialmente usada no jornalismo em dados, criação de textos automáticos e limitada a especialistas, ganha espaço no dia a dia de trabalho com o crescimento da IA generativa.

O uso indevido de conteúdos jornalísticos por IAs bem como os limites éticos da IA no jornalismo dominam o debate. O jornalismo da Folha continua a diferenciar-se por apuração rigorosa, credibilidade e interpretação humana.

Contexto: ChatGPT é lançado em 2022, puxando a fila de dezenas de modelos à disposição do público anos depois.

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