/ Jun 14, 2025

Guerra comercial: China confirma acordo com EUA – 12/06/2025 – Mercado

A China confirmou nesta quinta-feira (12) o acordo comercial anunciado pelo presidente dos EUA, Donald Trump, dizendo que ambos os lados precisam respeitar o consenso e acrescentando que os chineses sempre mantiveram sua palavra.

O acordo, alcançado depois que Trump e Xi Jinping, líder da China, conversaram por telefone na semana passada, traz uma delicada trégua na guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo.

“A China sempre manteve sua palavra e apresentou resultados”, afirmou Lin Jian, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores. “Agora que se chegou a um consenso, os dois lados devem cumpri-lo.”

A ligação telefônica entre Trump e Xi foi o primeiro passo para resolver um impasse que havia começado poucas semanas depois que um acordo preliminar foi selado em Genebra, em 12 de maio. Nesta semana, negociadores dos dois países se reuniram por dois dias em Londres para novas conversas que, segundo Washington, deram peso ao acordo de Genebra para aliviar as tarifas retaliatórias bilaterais.

O consenso de Genebra estava ameaçado devido às restrições da China às exportações de terras raras (minerais usados na fabricação de grande parte dos produtos de tecnologia avançada), o que levou o governo Trump a responder com controles de exportação que impediam o envio de software de design de semicondutores, motores a jato para aviões fabricados na China.

De acordo com Trump, o acordo prevê a redução das tarifas de produtos chineses para os EUA para 55%, enquanto os produtos norte-americanos terão cobrança de 10% para entrar no país asiático. “Nosso acordo com a China está concluído, sujeito à aprovação final do presidente Xi e minha”, afirmou Trump na rede social Truth Social nessa quarta-feira (11).

“Ímãs completos e todas as terras raras necessárias serão fornecidos, antecipadamente, pela China. Da mesma forma, forneceremos à China o que foi acordado, incluindo o uso por estudantes chineses de nossas faculdades e universidades (o que sempre foi bom para mim!)”, complementou o republicano.

Ainda assim, as especificações do último acordo e os detalhes sobre como ele será implementado permanecem obscuros.

Uma autoridade da Casa Branca disse que os 55% representam a soma de uma tarifa “recíproca” de 10% que Trump impôs sobre os produtos importados de quase todos os parceiros comerciais dos EUA, 20% sobre todas as importações chinesas associados à sua acusação de que a China não fez o suficiente para conter o fluxo de fentanil para os EUA e taxas pré-existentes de 25% sobre as importações da China, implementadas durante o primeiro mandato presidencial de Trump.

O Ministério do Comércio da China, quando questionado sobre a restrição de exportação de terras raras, disse que continuará a fortalecer o processo de avaliação e aprovação, mas se recusou a revelar quantas licenças seriam aprovadas nesta semana.

“A China está disposta a melhorar ainda mais a comunicação e o diálogo sobre o controle de exportação com os países relevantes e promover a facilitação do comércio compatível”, disse o porta-voz do ministério, He Yadong, em uma coletiva de imprensa regular.

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