/ Jun 15, 2025

INSS: Governo quer reembolso fora de regra fiscal – 12/06/2025 – Mercado

A AGU (Advocacia-Geral da União) entrou com uma ação nesta quinta-feira (12) no STF (Supremo Tribunal Federal) para que o ressarcimento dos descontos fraudulentos feitos em benefícios pagos pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) fiquem fora da meta fiscal deste ano.

A peça afirma que diante da imprevisibilidade da situação, “bem como do elevado interesse social em garantir a célere restituição dos valores indevidamente desviados das contas dos segurados do INSS, é possível a abertura de crédito extraordinário para o custeio das reparações necessárias”.

Com o crédito, os valores ficam de fora dos limites estabelecidos pelo arcabouço fiscal e da meta de superávit primário de 2025 e 2026.

A AGU aponta que decisão semelhante foi tomada no caso das enchentes no Rio Grande do Sul, no ano passado.

A AGU também quer uma medida cautelar suspendendo todas as ações em instâncias inferiores buscando responsabilizar a União e o INSS pelas fraudes.

No mérito, o governo pede que as decisões já tomadas nesse sentido sejam declaradas inconstitucionais.

“O objetivo é evitar um contexto de litigância de massa que poderia prejudicar a segurança orçamentária da União e, no limite, pôr em risco a própria sustentabilidade das políticas de pagamento de benefícios previdenciários”, explicou a AGU.

Segundo o órgão, “decisões nas demais instâncias judiciais têm apresentado interpretações conflitantes sobre os requisitos, fundamentos e extensão da responsabilidade da União e do INSS por atos fraudulentos de terceiros”.

Em alguns casos, continuou, as decisões têm obrigado o pagamento em dobro do valor a ser ressarcido pelos descontos ilegais

A insegurança jurídica gerada pelo surgimento de diversas ações sobre o tema “constitui solo fértil para a litigância de massa, muitas vezes predatória, com prejuízos para a integridade financeira da União e para as próprias vítimas das fraudes”, apontou a AGU.

A ação da AGU também quer a suspensão da prescrição de pedidos de indenização de todas as vítimas de desconto indevido. “O objetivo é proteger os segurados e possibilitar que eles aguardem a restituição dos valores pela via administrativa, sem a necessidade de ingresso com ações no Judiciário”, explicou.

A Operação Sem Desconto da Polícia Federal e da CGU (Controladoria-Geral da União) apura um esquema de descontos fraudulentos em benefícios pagos pelo INSS.

Associações e sindicatos usariam documentos falsos para registrar no INSS adesões inexistentes. Após a operação, o governo federal se comprometeu a ressarcir os segurados lesados, mas ainda não há definição de como isso será feito.

A AGU entrou com uma ação reparatória para bloquear os bens de entidades investigadas pela PF. Os valores seriam utilizados para os ressarcimentos.

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