/ Jun 17, 2025

Japão suspende importação de frango de cidade do MT – 16/06/2025 – Mercado

O Japão decidiu suspender a importação de carne de frango e ovos de produtores localizados no município de Campinápolis, em Mato Grosso, onde foi confirmado, na última semana, um caso de gripe aviária envolvendo aves de subsistência, criadas por uma família, sem fins comerciais.

O país asiático é o único, até o momento, a fazer esse tipo de paralisação regional baseada em um caso de contaminação doméstica, que não tem relação com a produção comercial de aves, que é realizada em granjas, em grande escala.

Diferentemente de outros países, que mantém a suspensão nacional ao frango brasileiro desde 16 de maio, quando o primeiro caso em granja foi identificado no país, na cidade de Montenegro, no Rio Grande do Sul, o Japão vinha mantendo seu embargo restrito ao estado gaúcho. Agora, passou a incluir o município do Mato Grosso.

O Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária) foi questionado sobre o assunto, mas não respondeu até a publicação deste texto.

O caso de Campinápolis foi confirmado pelo Mapa no domingo (8), quando a pasta deu início imediato a medidas de erradicação e ações de vigilância em um raio de 10 km ao redor do local.

Na ocasião, o ministério informou que a ocorrência não traz restrições ao comércio internacional de produtos avícolas brasileiros. “O consumo e a exportação de produtos avícolas permanecem seguros”, escreveu a pasta da Agricultura, em nota em seu site.

A propriedade foi interditada e o Serviço Veterinário Oficial coletou amostras para análise laboratorial. O resultado do teste confirmou a contaminação pelo vírus da gripe aviária, de acordo com o ministério.

Ainda de acordo com o Mapa, o foco confirmado em aves de subsistência em Mato Grosso não altera o período de 28 dias de “vazio sanitário” após a desinfecção da área em Montenegro. O termo é utilizado para definir o período para a erradicação total da doença na região, o que ocorrerá em 19 de junho, caso nenhum novo caso se confirme.

O Brasil exporta, em média, 35% de sua produção anual de frango, sendo a China o maior comprador individual, respondendo por 10% do volume vendido ao Exterior.

O Japão, porém, também é um dos principais destinos da carne de frango brasileira. Em 2023, o país ficou entre os cinco maiores importadores, junto com China, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita e África do Sul, segundo dados da ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal).

Nesta segunda-feira (16), o Mapa registrava oito casos suspeitos de gripe aviária no país em processo de análise. Esse número tem oscilado quase diariamente. Desde maio de 2023, quando surgiram os primeiros casos no país, já foram confirmadas 168 ocorrências de mortes de aves silvestres e outros cinco casos de aves de subsistência.

Até o momento, houve apenas uma granja comercial com resultado positivo para a gripe aviária, a unidade de Montenegro, no Rio Grande do Sul.

Na quarta-feira (18), se nada mudar no cenário, o Brasil deverá ficar livre da gripe aviária. O vazio sanitário completará 28 dias após a desinfeção da granja de Montenegro (RS), onde ocorreu o primeiro caso da doença em aves comerciais. É uma exigência da OMSA (Organização Mundial de Saúde Animal), que devolve o status de país livre da influenza, desde que não ocorram novos casos.

Segundo o Ministério da Agricultura, 20 países estão na lista dos que suspenderam as importações de todo o país, além dos 27 países da União Europeia, que o setor do agronegócio define como “um mercado”.

Na semana passada, a China decidiu liberar a importação imediata de 83 frigoríficos de aves dos Estados Unidos, enquanto mantém o embargo nacional à produção de frango do Brasil, em meio à crise da gripe aviária. A decisão foi tomada pela Administração-Geral de Alfândegas da China nesta quinta-feira (12) e tem validade imediata.

O Brasil já pediu à China que flexibilize seu embargo, com o objetivo de regionalizar as restrições à única região que, até o momento, teve confirmado o caso de gripe aviária em uma granja comercial, o município de Montenegro. A China, porém, ainda não deu sinais claros de quando vai rever seu protocolo. Há negociações em curso, também, com a União Europeia.

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