/ Jun 28, 2025

Trump diz que terá presidente do Fed que corte juros – 27/06/2025 – Mercado

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira (27) que escolherá um novo presidente do Federal Reserve que corte as taxas de juros e pediu ao banco central central que reduza os custos de empréstimos para 1%.

O presidente também renovou seu ataque ao atual presidente, Jerome Powell, descrevendo-o como uma “mula teimosa” e dizendo que “adoraria que ele renunciasse se quisesse”. Powell afirmou que cumprirá a duração de seu mandato, que termina em maio de 2026.

“Quem quer que esteja lá vai reduzir as taxas”, disse Trump a jornalistas no Salão Oval, referindo-se à sua escolha para substituir Powell. “Se eu achar que alguém vai manter as taxas onde estão, não vou colocá-lo.”

Os comentários de Trump marcam a mais recente investida em um ataque sem precedentes de um presidente dos EUA contra o chefe do banco central do país. Ele tem repetidamente criticado a decisão do Fed de manter as taxas estáveis entre 4,25% e 4,50% neste ano, interrompendo um ciclo de cortes que começou em 2024.

“Acho que deveríamos estar pagando [taxas de] 1% agora”, disse Trump. Ele acrescentou que disse à sua administração “para não fazer nenhuma dívida além de nove meses ou algo assim” até que um novo presidente do Fed assuma o cargo.

Apesar de seus comentários, o Tesouro deve vender títulos de longo prazo nas próximas duas semanas.

Trump disse no início desta semana que já tem uma lista restrita de “três ou quatro nomes” para dirigir o Fed, embora a Casa Branca tenha informado ao Financial Times que nenhuma decisão era “iminente”.

Sua pressão sobre Powell trouxe especulações de que ele poderia escolher um “presidente sombra do Fed” que concorde com ele sobre reduzir rapidamente as taxas.

Christopher Waller, um diretor do Fed que é visto como candidato para substituir Powell, apoiou um corte na taxa já em julho. Kevin Hassett, outro candidato que agora chefia o Conselho Econômico Nacional na Casa Branca, também apoiou a redução dos custos de empréstimos.

Scott Bessent, o secretário do Tesouro dos EUA que também está na disputa, disse que o rendimento dos títulos do Tesouro de dois anos indica que o Fed deveria cortar as taxas.

Outro candidato, o ex-diretor do Fed Kevin Warsh, sinalizou que acredita que o foco do banco central deveria ser combater a inflação, sugerindo que ele é mais conservador que os outros candidatos.

Muitos acreditam que a estratégia pode sair pela culatra.

“Embora pareça uma ideia inteligente, ela não se sustenta”, disse Robert Barbera, economista da Universidade Johns Hopkins. “A razão é porque o Fed não é uma monarquia.”

O presidente do Fed define as taxas de juros junto com outros 18 membros do Comitê Federal de Mercado Aberto. Onze além do presidente também têm direito a voto.

“Se o próximo presidente tentasse flexionar os músculos que ele realmente ainda não tem, isso principalmente prejudicaria as relações com o resto do comitê”, disse Jon Faust, ex-assessor especial de Powell que também está na Johns Hopkins. “Isso diminuiria a influência que o novo presidente teria ao assumir.”

Raghuram Rajan, acadêmico da Universidade de Chicago que sofreu pressão política como chefe do banco da Índia, disse que a estrutura única do Fed —com um conselho centralizado apoiado por 12 bancos regionais privados— isolava o comitê de ser indevidamente influenciadospela retórica do presidente.

Havia “muito pouco” que o presidente poderia fazer para influenciar os presidentes regionais ou outros diretores do Fed, disse Rajan.

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