O MGI (Ministério da Gestão e da Inovação) anuncia nesta segunda (30) os detalhes do edital da segunda edição do CNU (Concurso Nacional Unificado). A seleção terá 3.652 vagas em 36 órgãos públicos, com salários iniciais de até R$ 16 mil.
Além da ministra Esther Dweck, do MGI, a coletiva conta com a presença das ministras Anielle Franco, de Igualdade Racial, Sônia Guajajara, dos Povos Indígenas, e Márcia Lopes, das Mulheres.
As provas serão realizadas em duas etapas: a primeira, com questões objetivas, ocorrerá em 5 de outubro, enquanto a segunda, discursiva, será aplicada no dia 7 de dezembro apenas para os aprovados na primeira. Os detalhes serão anunciados em coletiva à imprensa, prevista para começar às 16h30, que pode ser acessada neste link.
Esta edição terá um edital unificado, dividido em nove blocos temáticos. No ano passado, foram oito editais diferentes —sete para os postos de nível superior e um para os de ensino médio. No início de junho, a FGV (Fundação Getulio Vargas) foi escolhida como banca organizadora.
Entre os órgãos autorizados estão o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), o HFA (Hospital das Forças Armadas) e os Comandos da Marinha, do Exército e da Aeronáutica. A maior parte das oportunidades será em Brasília (DF), mas também há vagas em cidades como Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP) e Belém (PA).
O certame vai ter mudanças na política de cotas, com aumento na reserva de vagas de 20% para 30% e a inclusão de indígenas e quilombolas na ação afirmativa. No ano passado, cotas para indígenas só existiam para cargos na Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas). Além disso, 5% das vagas serão destinadas a pessoas com deficiência.
Hoje, o MGI divulgou quais cargos terão cotas nessa edição do CNU, para ampliar a ação afirmativa mesmo em casos sem reserva automática de vagas. Ao todo, serão 169 cargos com cotas dos 3.652 previstos.
Outra mudança já anunciada para esta edição é da inclusão de código de barras nas provas para facilitar a identificação e evitar erros de preenchimento do cartão-resposta, que ocorreram no ano passado e levaram parte dos candidatos a judicializar o caso.
O primeiro CNU, ocorrido em agosto de 2024, foi o maior concurso público da história. Foram 2,1 milhões de inscritos, dos quais 970 mil fizeram a prova. Eles disputaram 6.640 vagas para 21 órgãos federais, com salários iniciais de até R$ 22,9 mil.
No ano passado, o certame, que estava marcado para maio de 2024, foi adiado devido às enchentes no Rio Grande do Sul. Para este ano, haverá aplicação extraordinária da prova caso alguma catástrofe climática afete pelo menos 0,5% dos candidatos, algo que não existia na primeira edição do CNU.
O concurso também teve falhas como a de candidatos do Recife (PE) que receberam na parte da manhã os cadernos de prova que seriam aplicados à tarde.
Além disso, houve um erro na seleção para vagas de ATPS (analista técnico de políticas sociais). Na primeira versão do edital, o cargo não exigia prova de títulos –algo que contraria a lei da carreira. O erro foi corrigido, mas repercutiu entre os candidatos.
Até agora, cinco das nove carreiras aprovadas no primeiro certame já concluíram o curso de formação necessário para começar a trabalhar, incluindo analistas de comércio exterior e especialistas da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).
Na semana passada, o MGI deu início à semana de boas vindas para 370 servidores que passaram no CNU e vão assumir cargos da pasta. A convocação dos aprovados varia de acordo com o órgão.
CALENDÁRIO PREVISTO PARA O CNU DE 2025
- Edital e inscrições: julho
- Prova objetiva: 5 de outubro
- Prova discursiva (habilitados da 1ª fase): 7 de dezembro
- Divulgação de resultados: fevereiro de 2026