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Alimentação tem primeira deflação mensal em 10 meses em SP – 02/07/2025 – Vaivém

Os alimentos, que vinham em queda desde o início de junho, tiveram a primeira deflação mensal em dez meses. Há uma tendência generalizada de retração nos preços no campo, mas os produtos industrializados ainda mantêm taxa positiva de evolução.

Em São Paulo, os alimentos recuaram 0,66% em junho, cenário que não se verificava desde agosto do ano passado. Apesar da queda, o custo da alimentação neste primeiro semestre do ano é de 3,15%, ainda superior ao da inflação geral, que ficou em 2%.

Os dados, divulgados pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) nesta quarta-feira (2), apontam o café como uma das principais desacelerações de preços no período. O produto em pó mantém alta contínua, no entanto, há 16 meses seguidos nos supermercados.

Em junho, a evolução dos preços do café foi de 2,47%, uma taxa bem abaixo da média mensal de 7% dos quatro meses imediatamente anteriores. Mesmo com a taxa menor de evolução em junho, o consumidor ainda paga 86,5% a mais pelo café em pó nos supermercados nos últimos 12 meses, mostra a Fipe.

O preço está com evolução menor nos supermercados e, provavelmente, vai apresentar queda neste mês, uma vez que a colheita brasileira avança e coloca mais produto à disposição do mercado.

A deflação de junho ocorreu porque muitos dos alimentos pesquisados pela Fipe tiveram retração de preços no varejo. Entre as quedas, estão as carnes. A de frango e a de pescado ficaram 2% mais baratas; a de suínos, 1%, e a de bovinos, 0,75%.

Um dos alimentos básicos do consumidor, o arroz, com a boa safra deste ano, segue em queda há vários meses. Em junho, o recuo foi de 2,4%, acumulando 15% em 2025. O feijão, na avaliação da Fipe, está custando 0,7% a menos, e acumula queda de 1,1% no primeiro semestre.

Os produtos “in natura”, reduzidos os efeitos climáticos do início do ano, têm melhor oferta. Na média, os preços caíram 4% no mês passado para os consumidores. Verduras, batata e cebola estão entre as principais quedas, que atingiram 6% no mês.

A pressão do início do ano nos ovos também passou. Após aumentos mensais de até 20% nos primeiros meses, os preços recuaram 6% em junho. O leite é outro produto que se mantém na lista das quedas no varejo. O consumidor está pagando 1,6% a menos nos supermercados.

O óleo de soja acumula queda de 11% no primeiro semestre, mas a taxa de recuo dos preços vem ficando menor. Em junho, foi de 0,9%, uma intensidade inferior à de 1,8% de maio. Negociada no Paraná a R$ 130, a saca de soja parou de cair, o que inibe novas baixas no óleo.

A Fipe mostrou que os produtos industrializados continuam em alta. Ficaram 0,82% mais caros para os paulistanos. Derivados de leite, de carnes, panificados, massas, farinhas, açúcar e alimentos semiprontos puxaram inflação para cima.


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