Levantamento da Thymus, uma das mais importantes consultorias do setor energético, mostra que a energia tende a responder por um quarto da inflação do país. A projeção se deve ao aumento do peso das bandeiras tarifárias.
O estudo mostra um agravamento da pressão da energia na inflação. Em setembro do ano passado, o acionamento da bandeira vermelha patamar 2 —que adiciona quase R$ 8 a cada 100 kWh— contribuiu com 0,42% para o IPCA daquele mês. Em maio de 2025, a entrada da bandeira amarela já elevou a inflação em 0,14%.
É o que afirma João Carlos Mello, CEO da Thymos Energia. Segundo ele, uma consulta pública recente do Ministério de Minas e Energia propôs mudanças que tornariam o modelo mais conservador.
Na análise da consultoria, dos próximos cinco meses, quatro teriam acionamento de bandeira tarifária. Com isso, teríamos sete meses de bandeira em 2025, o que representa cerca de 1,3% de inflação no ano.
Ou seja, 25% da previsão de inflação anual estará alocada com o custo de energia elétrica.
Mesmo assim, para a Thymus, isso não está sendo eficiente para garantir a segurança energética do sistema elétrico.
Com Stéfanie Rigamonti