O presidente dos Correios, Fabiano Silva dos Santos, entregou no final da tarde desta sexta-feira (4) no Palácio do Planalto sua carta de demissão. Ele deve se reunir com o presidente Lula (PT) na próxima semana pessoalmente para falar de sua saída.
A expectativa é que o encontro ocorra na quarta-feira (9), quando Lula deve voltar a Brasília. O mandato de Fabiano terminaria em 6 de agosto.
Aliados do presidente dos Correios afirmam que ele atribui a decisão à necessidade de cuidar da saúde e que defendeu, na carta, medidas adotadas por sua gestão. Eles também afirmam que Fabiano entregou o cargo, que é desejado pelo União Brasil, para evitar que ganhe força a tensão sobre o tema dentro do governo.
Na segunda-feira (30), a coluna Mônica Bergamo mostrou que o presidente dos Correios havia colocado o cargo à disposição em meio à forte pressão da Casa Civil para implantar na empresa um plano de reestruturação com o fechamento de agências por todo o país.
Os Correios registraram prejuízo de R$ 1,7 bilhão nos primeiros três meses de 2025. Como mostrou a Folha, a empresa informou ao governo que pode precisar de um aporte de recursos da União para conseguir melhorar sua situação financeira e evitar um furo no caixa.
