A capacidade das empresas brasileiras de arcarem com suas obrigações financeiras recuou no primeiro trimestre deste ano, segundo levantamento feito pela consultoria Elos Ayta, a pedido do Painel S.A., com companhias de capital aberto da B3.
Isso é aferido pela relação entre o lucro operacional e as dívidas das empresas, que caiu de 21,18% nos últimos meses de 2024, para 20,37% de janeiro a março.
O estudo excluiu da pesquisa as instituições financeiras, já que elas não apuram dívida como as companhias de outros setores.
O resultado mostra uma piora no primeiro trimestre de 2025 frente aos três meses anterior, após uma breve melhora no dado no fim do ano passado. O patamar elevado dos juros colabora para a piora do cenário.
Porém, no segundo trimestre deste ano, que ainda não foi apurado porque as companhias ainda não divulgaram seus balanços financeiros, o quadro deve ser melhor, segundo Einar Rivero, sócio da Elos Ayta e responsável pelo levantamento. Isso devido a uma valorização de quase 5% do real frente ao dólar no período.
“Uma parcela importante da dívida das empresas é em dólares. Portanto, ao converter essa dívida para real, o volume será menor e o índice deve melhorar, considerando que as empresas terão um lucro em 12 meses similar no segundo trimestre”, diz.
Com Diego Felix