/ Jul 14, 2025

O futebol é a maior democracia do mundo – 13/07/2025 – PVC

A certeza de quase toda a humanidade de que o Paris Saint-Germain seria o campeão, a revolução ou reforma, desfez-se em meia hora de jogo. O massacre do Chelsea passou pelo entendimento de que era preciso fechar os setores entre linhas de meio-de-campo e defesa.

O bloqueio absoluto, a pressão incessante na saída de bola, todas marcas do futebol atual, inibiram completamente o jogo de deslocamentos e de trocas de posições do PSG.

A surpresa indica que, ainda, a maior democracia do planeta é o futebol. Em que o menos cotado se transforma em herói.

Não, o Chelsea não é pobre nem foi um time da América Latina ou da África a vencer. Mas a decisão foi surpreendente.

Começou com uma vaia sonora ao presidente dos Estados Unidos, quando seu rosto apareceu simultaneamente ao início da execução do hino nacional. Respeitosamente, os apupos cessaram quando o rosto de Trump desapareceu do telão. Não se vaia hino nacional. Líder monocrático, sim.

A torcida do Chelsea, ou melhor, as pessoas com camisas do clube inglês, eram muito mais numerosas do que do Paris Saint-Germain. Isto apareceu nas arquibancadas e também nos cantos.

O que deu vida à Copa do Mundo de Clubes, entre a fase de grupos e as quartas de final, foi o público latino. Mas os estádios lotados nas semifinais e final deveram-se às marcas globais, Chelsea e Real Madrid, especialmente.

Taticamente, o Chelsea provou que o Paris Saint-Germain é lindo de se ver, mas não é dinastia, nem revolução. Enzo Maresca parou o PSG com Reece James e Moisés Caicedo jogando entre as linhas, abrindo Cole Palmer na meia direita.

Mas seguiu seu plano de jogo, o mesmo que fez Abel Ferreira admitir ter sido surpreendido. Com a bola, era um 3-2-5, o WM moderno: Chalobah, Colwill e Cucurella; Reece James e Moisés Caicedox. Na frente, da direita para a esquerda, Gusto, Palmer, João Pedro, Enzo Fernández e Pedro Neto.

Palmer fechava o corredor direito, ao defender, mas era meia direita, jogava atrás dos volantes do Paris Saint-Germain, no ataque. A largura do campo era missão para o francês Gusto.

O Chelsea pressionou mais do que foi pressionado. Mesmo assim, quando os franceses subiam para dificultar a saída de jogo, lançamentos longos do goleiro Robert Sánchez alcançavam Palmer ou Pedro Neto atrás dos laterais.

Os lançamentos longos, condenados há cinco anos, têm a força de quebrar a pressão do rival.

Anulado, o PSG não conseguia encontrar opções de passe. E seu maior diferencial, durante o torneio, foi alcançar os jogadores escondidos atrás dos volantes, ter até quatro em posição de entrarem na área como centroavantes.

Fora de campo, um tormento para passar por bloqueios policiais, pela presença de Donald Trump. Se você reclama de estádios brasileiros, comprar um mísero cachorro-quente estava muito pior em Nova York.

A maior democracia do mundo é a da França, que nasceu na Revolução de 1789, treze anos depois de os Estados Unidos declararem independência dos ingleses.

Mas ainda há direito de se julgar que o futebol, este sim, é o mais democrático dos esportes.


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