A alta renda destinou 48,4% mais dinheiro para COEs (Certificados de Operações Estruturadas) entre março de 2023 e o mesmo período de 2024, segundo dados da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais).
O salto nesse segmento, que engloba apenas investidores com pelo menos R$ 300 mil para investir, é o maior já registrado nesse grupo desde a pandemia.
Em termos absolutos, o volume investido por ricos e super-ricos em COEs passou de R$ 70 bilhões pela primeira vez. Em 2023, ano até então recorde, eram R$ 47,8 bilhões.
Considerando apenas o segmento private, que se refere a investidores com pelo menos R$ 5 milhões em aplicações, houve a interrupção de dois anos seguidos de queda, com uma alta de 20,2% em 2024 na comparação com o ano anterior.
Os COEs seguem crescendo também entre os investidores de varejo, mas envolvendo quantias menores.
Desde a pandemia, os investidores de mais alta renda concentram na faixa dos 85% os investimentos em COE, ainda segundo a associação.
No varejo, os investimentos em COEs somaram R$ 12,8 bilhões em 2024.
O crescimento geral dos COEs em 2024 foi de 49,7%, conforme a Anbima. Esse crescimento foi puxado, em parte, conforme dados do Banco Central, pela forte alta do Banco do Brasil na emissão desses instrumentos (388% em um ano). O Itaú também teve alta relevante no período (84,7%).
Com Stéfanie Rigamonti