/ Apr 21, 2025

Fusões e aquisições do setor solar crescem 25% no 1º tri – 16/04/2025 – Mercado

O mercado de fusões e aquisições (M&A, na sigla em inglês) no setor de energia solar fotovoltaica registrou um avanço de 25% no primeiro trimestre de 2025 em relação ao período homólogo, com 15 novas transações monitoradas. O destaque ficou para os negócios envolvendo a cadeia de valor solar e usinas de geração centralizada (GC) no modelo de autoprodução por equiparação.

Os dados são do novo Boletim M&A produzido pela consultoria Greener, com base no monitoramento de transações públicas. O levantamento comparou os resultados com o mesmo período de 2024.

“Até o momento, 2024 representa 44% do total de transações realizadas desde o início do nosso monitoramento, em 2022. Porém, 2025 começou com expressiva movimentação, com os players investindo em reestruturação de portfólios e buscando oportunidades estratégicas”, afirmou Nathan da Rosa, consultor de negócios da Greener.

GERAÇÃO CENTRALIZADA IMPULSIONA O SETOR SOLAR

A geração centralizada (GC) foi protagonista em sete das oito transações envolvendo usinas solares, mais que o dobro do registrado no primeiro trimestre de 2024. Cinco dessas negociações foram firmadas no modelo de autoprodução por equiparação.

No total, 42 usinas solares foram negociadas, somando 1,1 GWp de potência instalada. A geração distribuída (GD) respondeu pelo maior número de projetos, com 23 usinas, enquanto na geração centralizada foram fechados acordos com 19 empreendimentos.

Segundo o estudo, 29% das usinas mapeadas nas duas modalidades estão em operação, 5% em construção e outras 7% não começaram a implementação. Os ativos de geração centralizada estão localizados nos estados de Minas Gerais (10), Bahia (8) e Piauí.

GERAÇÃO DISTRIBUÍDA

Mesmo com 23 usinas negociadas na etapa, a geração distribuída teve apenas uma transação registrada. O número de usinas é abaixo das 55 contabilizadas no mesmo período de 2024.

Os projetos mapeados estão distribuídos em seis estados brasileiros e no Distrito Federal.

CADEIA DE VALOR

As empresas representaram 47% das transações, valor que já corresponde a quase metade de todas as operações neste segmento ao longo de 2024. No período, houve uma fusão e seis aquisições de companhias da cadeia de valor solar fotovoltaica.

De acordo com o mapeamento, 58% das investidoras atuam com geração e/ou comercialização de energia e 43% das aquisições são em empresas de serviços de energia, como automação, monitoramento, infraestrutura, smart grid e internet das coisas.

ANÁLISE DE VALORIZAÇÃO E MERCADO

Um estudo da PwC Brasil também revelou uma valorização média de 20% nas empresas do setor de energia nos últimos quatro anos no país. Além disso, o levantamento indicou que companhias que incorporaram fontes de energia renovável em seus portfólios apresentaram uma valorização adicional de 25% em comparação com aquelas que mantêm uma matriz energética tradicional.

A pesquisa ouviu mais de 3 mil empresas globais, incluindo brasileiras dos setores de óleo e gás, energia elétrica, saneamento e distribuição. No Brasil, o setor elétrico representa 72% das empresas avaliadas, enquanto a média global é de 43%.

“As renováveis seguem o caminho de crescimento em eficiência, retorno e expansão de plantas no país, não há como retroceder nessa pauta. Esta valorização das empresas de renováveis é importante não só para o portfólio, mas para o planeta”, disse o sócio e líder para a indústria de energia e serviços de utilidade pública na PwC Brasil, Adriano Correia.

Notícias Recentes

Travel News

Lifestyle News

Fashion News

Copyright 2025 Expressa Noticias – Todos os direitos reservados.