Não há como passar a mão na cabeça de atleta, aos 34 anos, de longa carreira, perto do fim, não apenas pela idade, mas pelo que as provas contra ele devem conduzir.
Difícil acreditar em ingenuidade, fácil perceber a ignorância, o despreparo para avaliar a gravidade do ato cometido, apesar de tão inteligente em campo.
Haverá quem o defenda, e advogado habilidoso poderá fazer de VTNC outro “Vim Trabalhar no Cruzeiro”, como fez o de Dudu ao perder as estribeiras com Leila Pereira, presidenta do Palmeiras.
Haverá também quem atribua a acusação ao fato de Bruno Henrique ser negro, esquecido de que Lucas Paquetá é branco e está sob a mesma fuzilaria.
Temos ainda Luiz Henrique, que de melhor jogador no Campeonato Brasileiro passado virou, estranhamente, exilado na gelada Rússia, fora das competições internacionais por hipocrisia da Fifa, que não pune nem Israel, nem os Estados Unidos, a nação mais intervencionista do planeta.
Casos tristes, deprimentes e nada surpreendentes.
Inevitável acontecer neste Brasileirão Betano, disputado pelo Atlético Mineiro H2 Bet, Bahia Viva Sorte Bet, Botafogo Vbet, Ceará Esportes da Sorte, Corinthians Esportes da Sorte, Cruzeiro Betfair, Flamengo PixBet, Fluminense Superbet, Fortaleza Cassino, Grêmio Alfa.bet, Internacional Alfa, Juventude Stake.com, Palmeiras Sportingbet, Santos Blaze, São Paulo Superbet, Sport Betnacional, Vasco Betfair e Vitória 7kBet.
Só Bragantino e Mirassol escapam de casas de apostas como patrocinadores master, embora contem com o apoio secundário da Betfast e 7kBet, respectivamente.
Inevitável acontecer sob campanhas intensas estreladas por comunicadores que, em sua maioria, como Bruno Henrique, Luiz Henrique e Lucas Paquetá, não precisam de nenhum tostão a mais para viver dignamente, mas cujas ganâncias pisoteiam a ética, os bons costumes e a saúde pública.
Tudo bem. Há até os que também fazem, de um lado, propaganda de bebidas alcoólicas, que criam dependência como a jogatina, e, do outro lado, de empresas de saúde privada.
“Beba Brahma, aposte com a Betnacional e corra para a Amil”, combo melhor não há, pode apostar.
Era tão óbvio, desde sempre, que o esporte seria contaminado pelo tsunami da jogatina —algo até cansativo de repetir e digno de pedir desculpas à rara leitora e ao raro leitor.
Aparecerão também os cínicos com seus discursos “eu apenas anuncio, peço moderação e não sou responsável se alguém faz mau uso do anunciado”.
Outros casos aparecerão, muitos outros.
O esporte perde por KO, nocaute em inglês.
Ou seria por KTO?
Do You “Know The Odds”?
Champions
Que sufoco viveram Barcelona e PSG para chegar às semifinais da Liga dos Campeões!
O time catalão escapou por um triz, em jogo de quatro gols alemães, como o Borussia Dortmund precisava para levar o jogo à prorrogação. Para azar dos germânicos, um dos quatro gols foi contra a própria rede, no 3 a 1 que permitiu a classificação espanhola.
Já o PSG só sobreviveu ao Aston Villa depois do 3 a 1 em Paris porque, em Birmingham, o goleiro Donnarumma fez dois milagres e, quando vencido, viu o zagueiro Pacho salvar o que seria o 4 a 2.
Arsenal e Inter resistiram a Real Madrid e Bayern Munique.
Quem ganhou na ida, classificou na volta.