/ Apr 22, 2025

Setor imobiliário não aguentou juros de 14% com Dilma – 21/04/2025 – Painel S.A.

Ao longo de cinco décadas atuando junto à alta renda, a imobiliária Coelho da Fonseca expandiu sua operação, com mais de 20 unidades em diversos estados, e chegou a realizar um projeto em Miami (EUA). Porém, decidiu voltar a concentrar esforços em São Paulo, que reage bem à “conjuntura atual”.

Com a Selic, a taxa básica de juros, em 14,25%, patamar que se iguala à época da ex-presidente Dilma Rousseff, o fundador da empresa, Álvaro Coelho da Fonseca, 74, prevê uma nova crise econômica, com quebradeira de companhias, se a taxa se mantiver por muito tempo nesse nível.

“Essa taxa, na casa dos 14%, é um juro da época da Dilma, que o mercado não aguentou. Não há economia que conviva por muito tempo com juros desses”, disse em entrevista ao Painel S.A.. “O juro alto é um grande concorrente para qualquer empresa e um adversário do mercado imobiliário”.


O fundador e presidente da companhia afirma que, mesmo em momentos de turbulência, como o atual, São Paulo funciona como um porto seguro. Segundo ele, o PIB de um bairro nobre da capital paulista equivale a todo um estado.

“O dinamismo da cidade é uma coisa impressionante. Todo dia nasce e morre muita gente, as pessoas casam, descasam e se mudam com intensidade. No mesmo dia abrem e fecham muitas empresas”, disse. “Isso aqui é um micro país. Moema [bairro da zona sul] é mais forte que um estado inteiro. Tem que tirar um pouquinho a cidade de São Paulo do mapa do Brasil quando você fala em reações à conjuntura nacional.”

Segundo ele, o juro elevado atrapalha porque a população, mesmo a de maior poder aquisitivo, tende a aplicar o dinheiro em outros investimentos atrelados à própria Selic.

Coelho da Fonseca, porém, está seguro quanto à resiliência do seu negócio mesmo que uma nova crise econômica desponte no Brasil.

“As empresas que já estão estabelecidas têm mais marca, porque têm mais processos, já são conhecidas e reconhecidas. Então, conseguem driblar melhor a crise. Não estou dizendo que estamos distantes da crise e ela não nos pega. Lógico que pega, mas eu diria que menos”.

Herdeiros

Para ele, outra vantagem é o bem-sucedido plano de sucessão da companhia para seus filhos Álvaro Marco e Luiz Alfredo. A transferência do comando para um executivo independente atrapalha a continuidade do negócio, na sua visão.

“Por sorte, a empresa tem sucessão, meus filhos estão na liderança e eu estou em um papel hoje muito mais estratégico e de conselho do que propriamente no operacional. Essa é a grande sorte da Coelho da Fonseca neste momento, na minha opinião.”

Com Stéfanie Rigamonti


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