O Smart Sampa, maior e mais completo programa de videomonitoramento da cidade de São Paulo, já conta com 25 mil câmeras em operação e um quarto delas pertence a empresas privadas e condomínios que se integraram voluntariamente ao sistema municipal de segurança. Em novembro de 2024, eram 4 mil câmeras privadas integradas. Hoje, esse número subiu para 5.699.
No total, a tecnologia já contribuiu para a captura de 1.028 foragidos e a identificação de 2.279 crimes em flagrante, além de auxiliar na localização de 58 pessoas desaparecidas.
Do total de detidos, cerca de 114 eram procurados fora de São Paulo, mostrando como o sistema tem ajudado a fechar o cerco contra criminosos que tentam escapar da Justiça. Foram detidos 24 em Minas Gerais; 14, no Paraná; e 11, na Bahia.
Lançado em 5 de julho de 2024, o programa foi criticado à época pelo risco de violação de direitos dos cidadãos, principalmente da população negra. Também houve questionamentos sobre o tratamento de dados pessoais coletados pelas câmeras. O edital chegou a ser suspenso por cinco meses até a aprovação pelo Tribunal de Contas do Município.
O sistema convida empresas, concessionárias e cidadãos a contribuírem com imagens de suas câmeras de segurança voltadas para vias públicas.
A iniciativa visa ampliar a cobertura da vigilância na cidade sem custos para os participantes, promovendo uma parceria entre o setor público e a sociedade civil no enfrentamento à criminalidade.
Com a meta de integrar câmeras privadas às câmeras públicas, o programa busca alcançar um total de 40 mil equipamentos conectados ao sistema.
Para participar, os interessados devem possuir câmeras instaladas em áreas externas, capazes de fornecer imagens em alta resolução (mínimo de 2 megapixels) —requisito essencial para auxiliar investigações e análises táticas.
Com Stéfanie Rigamonti