A Boeing anunciou nesta terça-feira (22) que venderá parte da unidade Digital Aviation Solutions, incluindo a unidade de navegação Jeppesen, para a empresa de investimentos Thoma Bravo por US$ 10,55 bilhões (R$ 61,04 bilhões).
A fabricante de aviões ficará com os principais recursos digitais da empresa, que aproveitam dados específicos de aeronaves e frotas para fornecer serviços de manutenção, diagnóstico e reparo de frotas a clientes comerciais e de defesa. A venda faz parte do plano do presidente-executivo, Kelly Ortberg, para reduzir dívidas da Boeing.
A Jeppesen atraiu o interesse de empresas de investimentos e de pelo menos um fornecedor do setor aeroespacial, com propostas finais que a avaliaram em mais de US$ 8 bilhões (R$ 46,29 bilhões).
A Thoma Bravo venceu o leilão da Jeppesen, superando rivais como TPG, Advent e Veritas, de acordo com quatro fontes.
O negócio é considerado uma das maiores transações do tipo no passado recente. A Ball Corp vendeu em 2023 ativos aeroespaciais para a BAE Systems por cerca de US$ 5,6 bilhões (R$ 32,4 bilhões).
Em fevereiro, a British Airways anunciou a compra da operação de manutenção da Boeing no aeroporto de Gatwick, próximo a Londres. A Boeing ainda está tentando se desfazer de sua empresa de drones Insitu.
A fabricante norte-americana, que adquiriu a Jeppesen por US$ 1,5 bilhão em 2000, tinha como meta um preço acima de US$ 6 bilhões quando lançou o leilão da companhia no ano passado, mas o grande interesse fez o valor da empresa subir.
A Jeppesen é vista como um ativo muito procurado que poderia impulsionar empresas aeroespaciais e de investimentos, que normalmente gostam de comprar companhias para gerar um fluxo de caixa estável.