/ Apr 23, 2025

Apenas 37% dos norte-americanos aprovam Trump na economia – 23/04/2025 – Mercado

Os norte-americanos elegeram Donald Trump como presidente na expectativa de que ele combatesse a inflação e impulsionasse a economia dos Estados Unidos, mas à medida que ele se aproxima de seu 100º dia no cargo, os eleitores estão atribuindo notas baixas ao republicano por sua maneira de lidar com ambos, segundo uma nova pesquisa Reuters/Ipsos.

Apenas 37% dos entrevistados na pesquisa de seis dias, concluída na segunda-feira (21), disseram aprovar a maneira como Trump está gerindo a economia, abaixo dos 42% registrados nas horas seguintes à sua posse em 20 de janeiro, quando ele prometeu turbinar a economia e criar uma Era de Ouro da América.

A leitura está bem abaixo do que em qualquer momento de seu primeiro mandato, quando variou de pouco mais de 40% a pouco acima de 50%.

Trump iniciou seu mandato com uma agenda econômica agressiva, provocando guerras comerciais ao impor tarifas sobre parceiros dos EUA, pressionando o Fed (Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos) a se curvar à sua vontade e desencadeando as piores perdas nos mercados desde os primeiros meses da pandemia da Covid-19 há cinco anos.

“Temos um presidente que prometeu uma era de ouro”, disse James Pethokoukis, membro sênior do American Enterprise Institute, um think tank conservador. “Mas tudo o que deveria estar em alta está em baixa, tudo o que deveria estar em baixa está em alta”.

Pethokoukis disse que os sinais de alerta econômico pressionam Trump a reverter o curso das tarifas, mas que, mesmo que Trump ceda, a economia pode não se recuperar rapidamente em meio ao caos.

Em uma pesquisa Reuters/Ipsos realizada logo após a posse de Trump, cerca de 55% dos entrevistados disseram que a inflação ou a economia em geral deveriam ser o foco principal de Trump em seus primeiros 100 dias no cargo, que vão até 30 de abril. Cerca de 23% escolheram a imigração.

Três meses depois, 76% dos entrevistados na mais recente pesquisa Reuters/Ipsos disseram que temem a chegada de uma recessão. Cerca de 56% dos entrevistados, incluindo um em cada quatro republicanos, disseram que as medidas de Trump para movimentar a economia são “muito erráticas”

Dois terços dos entrevistados estão preocupados com o mercado de ações, onde os preços têm recuado acentuadamente nas últimas semanas em meio às preocupações dos investidores com os planos de Trump de aumentar as tarifas sobre produtos importados e sua insinuação de que poderia demitir o presidente do Fed, Jerome Powell.

52% dos entrevistados disseram concordar com a afirmação de que “as ações de Trump poderiam tornar mais difícil para mim viver confortavelmente quando me aposentar”, superando em número os 31% que discordaram da afirmação.

Na segunda-feira, Trump alertou que a economia pode desacelerar se o Fed não reduzir a taxa de juros, dizendo que o país está em um caminho em que “quase não pode haver inflação”.

Mas Powell, assim como economistas de Wall Street, tem dito que as medidas de Trump para aumentar tarifas —incluindo uma nova alíquota de 145% sobre a maioria das importações vindas da China— poderiam elevar a inflação, pelo menos no curto prazo, e possivelmente por mais tempo.

O índice de aprovação geral de Trump, em 42%, continua mais alto do que o de seu antecessor Joe Biden durante boa parte de seu mandato, e tem sido impulsionado por uma parcela um pouco maior de norte-americanos —45%— que apoiam as ações agressivas de Trump em relação à imigração.

O partido do presidente também continua a apoiá-lo firmemente, com 81% dos republicanos aprovando a administração econômica de Trump, em comparação com 5% dos democratas e 28% de eleitores independentes.

Muitos norte-americanos simpatizam com a opinião de Trump de que os EUA não estão sendo bem-sucedidos nos assuntos globais em geral, inclusive no comércio e na defesa. Cerca de 48% dos entrevistados concordaram com a afirmação de que “a maioria dos outros países, inclusive os aliados tradicionais, tiram vantagem dos EUA”, com 34% discordando.

Mas até mesmo um em cada três republicanos disse que seu custo de vida está no caminho errado, de acordo com a pesquisa, que entrevistou 4.306 adultos norte-americanos em todo o país entre 16 e 21 de abril. A pesquisa tem uma margem de erro de cerca de 2 pontos percentuais.

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