/ May 10, 2025

Com R$ 675 mi em obras, Coca-Cola retoma operação no RS – 09/05/2025 – Mercado

A Coca-Cola FEMSA Brasil retomou, nesta sexta-feira (9), a operação completa de suas linhas de produção na fábrica de Porto Alegre, um ano após as enchentes históricas que atingiram o Rio Grande do Sul.

A unidade, localizada na zona norte da capital gaúcha, foi atingida por alagamentos que chegaram a até 3 metros de altura e recebeu um investimento de R$ 675 milhões para sua reconstrução completa.

A reinauguração contou com a presença do presidente em exercício, Geraldo Alckmin (PSB), do CEO da Coca-Cola FEMSA Brasil, Eduardo Pereyra, e da presidente da The Coca-Cola Company para o Brasil e Cone Sul, Luciana Batista.

Também participaram do evento o prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB), e o governador Eduardo Leite, que seguiu diretamente para São Paulo após a cerimônia, onde oficializou sua filiação ao PSD.

Quase toda a área do complexo, de 90 mil m², passou por uma ampla reforma em razão dos danos causados pela enchente. A unidade foi submersa no início de maio, quando a zona norte de Porto Alegre foi inundada pelas águas do lago Guaíba e do arroio Feijó, permanecendo alagada por quase um mês. Mais de 360 funcionários, de um total de 1.500, foram diretamente afetados pelas cheias.

Luciana disse que experiências da Coca-Cola com outros desastres climáticos trouxe aprendizados sobre como elaborar planos de retomada e do acompanhamento de equipes atingidas. “Infelizmente, uma empresa de 139 anos de história, presente em quase todos os países do mundo, já passou por muitos eventos extremos”, disse Luciana. “Mas a verdade é que ficar 30 dias com uma fábrica inteira debaixo d’água foi um evento único que aconteceu conosco aqui.”

Em setembro de 2024, a direção da Coca-Cola FEMSABrasil anunciou um plano de investimentos de R$ 886 milhões no Rio Grande do Sul. Desse total, R$ 675 milhões foram destinados à reconstrução da unidade de Porto Alegre.

“Dado a proporção do impacto, a proporção da retomada também teve que ser muito maior em tamanho de investimento e no tempo para a gente conseguir fazer essa recuperação”, disse Luciana.

Entre as reformas realizadas estão obras estruturais como a recomposição de pisos e paredes, substituição de maquinários da linha de produção e de equipamentos de laboratório, além de investimentos na modernização dos processos industriais. Das máquinas, apenas algumas estruturas de aço puderam ser reaproveitadas.

“A gente colocou toda a parte elétrica, automação e painéis em um segundo piso. Antes uma parte era no segundo piso e outra parte era embaixo. O que estava no segundo andar, a gente não perdeu”, disse o diretor de manufatura da Coca-Cola FEMSA Brasil, Vinicius Micai.

A fábrica retomou gradualmente suas atividades no segundo semestre de 2024, alcançando nesta sexta-feira sua capacidade total de produção: 10 milhões de caixas de bebidas por mês.

Os outros R$ 211 milhões serão aplicados em melhorias operacionais no estado nos próximos anos, abrangendo as duas fábricas e os centros de distribuição em cinco cidades. Esses valores fazem parte do plano de investimento de R$ 7 bilhões da multinacional para o Brasil nos próximos anos.

Leite agradeceu a “confiança” da Coca-Cola em permanecer no estado após o desastre climático. “Uso muito o exemplo da planta da Coca-Cola como um exemplo que será o Rio Grande do Sul logo mais”, disse o governador.

“O Rio Grande do Sul teve 4,9% de crescimento, o que mostra que a reconstrução tá sendo, graças a Deus, maior do que a destruição impacto que teve”, disse Alckmin. Em seu discurso, o presidente em exercício também defendeu a Nova Indústria Brasil (NIB) e a ampliação de investimentos e de concessão de crédito para o setor industrial.

Durante a tragédia, a Coca-Cola doou 1 milhão de litros de água para comunidades atingidas, além de mais de R$ 1,5 milhão em alimentos e itens de primeira necessidade, tanto por meio de ações diretas quanto em parcerias.

Com as atividades suspensas em Porto Alegre, o abastecimento do Rio Grande do Sul passou a ser feito temporariamente pela unidade de Santa Maria —que também ficou seis dias paralisada— e por fábricas localizadas em Santa Catarina e no Uruguai.

A Coca-Cola FEMSA, sediada no México, é a maior engarrafadora da franquia Coca-Cola no mundo e também a líder em volume de vendas no Brasil, onde opera com 11 fábricas e 47 centros de distribuição.

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