O futebol no Brasil nem de longe é um grande negócio, mas os salários pagos a jogadores —e treinadores— são dignos dos mais altos postos de grandes empresas. É o caso do novo técnico da seleção brasileira, Carlo Ancelotti.
O italiano, que comandava o Real Madrid, aceitou o convite da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) por um salário mensal de R$ 5 milhões —praticamente o mesmo valor pago pelo Itaú Unibanco a seu CEO, Milton Maluhy Filho.
O banco registrou lucro de R$ 41,4 bilhões no ano passado, somente R$ 8,6 bilhões a menos do que todas as receitas geradas pelo futebol profissional brasileiro, segundo levantamento da Sports Value, consultoria de marketing esportivo.
“O que ocorreu com o futebol foi uma perda do controle dos gastos salariais com jogadores e, agora, treinadores. Valores altíssimos, muitas vezes fora do padrão do mundo empresarial”, disse Amir Somoggi, fundador da consultoria. “Hoje, treinadores podem ganhar até mais que jogadores estelares.”
Com Diego Felix