Auditores fiscais da Receita Federal estimam que, no ano passado, crianças e idosos poderiam ter recebido quase R$ 15 bilhões do imposto de renda devido por contribuintes. No entanto, somente R$ 380 milhões foram depositados.
O dado foi apresentado em um podcast pelo auditor fiscal Roberto Mendes Ribeiro Junior, ligado à Unafisco, associação que representa auditores.
A doação de parte do imposto devido aos fundos da Criança e do Adolescente, e do Idoso, é uma opção de cada contribuinte.
É possível encaminhar 3% do imposto devido para o fundo da criança e outros 3% para o dos idosos.
A Unafisco tenta um movimento de conscientização dos contribuintes para o redirecionamento desse dinheiro. Muitas pessoas têm o desejo de fazer doações, mas não sabem como.
“Vamos virar esse jogo. Muita gente reclama ‘ah, eu não sei onde o governo põe o dinheiro’, mas agora que você pode indicar onde vai colocar o dinheiro, você não se movimenta? Vamos fazer isso aí”, disse Mauro Silva, presidente da Unafisco.
No ano passado, o CNJ (Conselho Nacional de Justiça) lançou a campanha “Se renda à infância” para incentivar os contribuintes a destinarem recursos ao Fundo da Criança.
Interessados em repassar parte da dedução do IR para os fundos precisam optar pela declaração completa, a chamada declaração por deduções legais.
No programa da Receita, o valor limite individual é calculado automaticamente após o preenchimento das informações de rendimentos e despesas.
Os recursos são administrados por conselhos de direitos, responsáveis por definir as diretrizes de utilização da verba.
No caso do fundo da criança, quem define o destino do dinheiro é o Condeca (Conselho de Direitos da Criança e do Adolescente). No fundo do idoso o responsável é o CNDI (Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa).
Com Diego Felix