O presidente Lula (PT) reuniu alguns de seus ministros nesta sexta-feira (16) em um momento em que o Congresso Nacional tenta instaurar uma CPI do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), para investigar os descontos ilegais em aposentadorias e pensões.
Os ministros Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais), Rui Costa (Casa Civil), Wolney Queiroz (Previdência Social) e Sidônio Palmeira (Secom), além do líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA) participam de reunião com o presidente no Palácio da Alvorada.
A presença de Wolney e Wagner, no entanto, não foi informada na agenda oficial do presidente.
O encontro acontece dias após a oposição protocolar, na segunda-feira (12), um pedido de CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito), formada por deputados federais e senadores, para investigar o caso.
O requerimento foi apresentado com a assinatura de 36 senadores e 223 deputados federais —número superior ao mínimo exigido de 27 e 171, respectivamente.
Apesar da grande adesão, a instalação da comissão ainda depende do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP).
Até o momento, o governo tentava evitar uma CPI ou CPMI sobre o escândalo com o argumento de que já há investigações avançadas em curso na Polícia Federal e na CGU (Controladoria-Geral da União), além de uma ação cautelar da AGU (Advocacia-Geral da União) para o bloqueio de bens das associações.
Em reação ao escândalo, o presidente Lula resolveu trocar o presidente do INSS e o ministro da Previdência, órgãos diretamente ligados ao tema. Assumiram os postos, respectivamente, Gilberto Waller, e Wolney Queiroz.