A Nike disse nesta quarta-feira (21) que planeja aumentar os preços de alguns produtos nos Estados Unidos a partir da próxima semana.
A marca de calçados aumentará os preços de roupas e equipamentos para adultos entre US$ 2 e US$ 10, enquanto produtos entre US$ 100 e US$ 150 terão um aumento de US$ 5.
A empresa obtém uma parte significativa de seus calçados da China e do Vietnã, dois países que foram alvo das tarifas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O primeiro recentemente chegou a um acordo para reduzir as sobretaxas de 145% para 30%, enquanto o segundo se beneficiou do adiamento de 90 dias das tarifas recíprocas. De 46%, elas retornaram para o padrão de 10%.
Com a temporada de volta às aulas no país se aproximando, a Nike informou que não elevará preços de produtos infantis. A empresa tampouco mencionou as políticas comerciais do governo.
“Avaliamos regularmente nossos negócios e fazemos ajustes de preços como parte de nosso planejamento sazonal”, disse a Nike.
Os preços dos tênis que custam mais de US$150 terão um aumento de até US$ 10, enquanto os produtos com preços abaixo de US$ 100 não sofrerão reajustes. Os tênis Air Force 1 da Nike, que custam US$ 155, estão isentos do aumento.
A CNBC foi a primeira a noticiar os reajustes.
A marca alemã de artigos esportivos Puma disse neste mês que reduziu as remessas da China para os EUA e pode aumentar os preços no país devido às tarifas.
DE VOLTA À AMAZON
A Nike também anunciou que voltará a vender seus produtos na Amazon depois de seis anos enquanto busca recuperar participação de mercado diante da concorrência com marcas mais novas e modernas. A medida faz parte de um esforço de reestruturação liderado pelo CEO Elliott Hill.
Hoje, os produtos da Nike na Amazon são vendidos por comerciantes independentes. A empresa havia interrompido as vendas na plataforma em 2019, quando decidiu focar em vendas por meio de seus próprios sites e lojas físicas.
Seu retorno à Amazon nos EUA faz parte de seus investimentos em marketplace para alcançar mais consumidores, o que também inclui a expansão para novos varejistas físicos, como a rede de lojas de departamento francesa Printemps.
A América do foi era o maior mercado da Nike em termos de receita total em 2024.
Segundo o site The Information, a Amazon notificou alguns desses comerciantes de que eles serão proibidos de vender determinados produtos da Nike a partir de 19 de julho, já que a empresa passará a trabalhar diretamente com a Nike.