/ May 24, 2025

EUA e Boeing fazem acordo por acidentes com 737 MAX – 23/05/2025 – Mercado

O governo dos Estados Unidos e a Boeing chegaram a um acordo preliminar para encerrar as ações judiciais contra a fabricante aérea relacionadas a dois acidentes fatais com o modelo 737 MAX. A informação consta em um documento apresentado nesta sexta-feira (23) pelo Departamento de Justiça dos EUA.

O acerto prevê a retirada das acusações criminais contra a Boeing por falhas no processo de certificação do 737 MAX, envolvido nas quedas dos voos da Lion Air, em outubro de 2018, e da Ethiopian Airlines, em março de 2019. Os dois desastres deixaram 346 mortos. O acordo ainda precisa ser aprovado por um juiz federal, o que também anularia o julgamento marcado para 23 de junho, em Fort Worth, Texas.

Pelo acordo, a Boeing deverá pagar US$ 1,1 bilhão (R$ 6,2 bilhões). Desse total, cerca de US$ 444,5 milhões irão para um fundo de compensação a familiares das vítimas —quantia já prevista no acordo inicial firmado em 2021. Os demais valores incluem US$ 244 milhões em multas e US$ 455 milhões para reforçar programas internos de segurança, qualidade e compliance da empresa.

Segundo o Departamento de Justiça, a Boeing foi acusada de ocultar informações técnicas sobre o sistema MCAS (software de controle de voo) da FAA, agência que regula a aviação civil nos EUA. A falha no MCAS e a falta de treinamento adequado dos pilotos foram apontadas como causas dos dois acidentes.

O acordo, no entanto, não foi bem recebido por todos os familiares das vítimas. “Estou absolutamente chocada com a decisão do Departamento de Justiça de não processar a Boeing, apesar de todas as provas que apresentamos sobre a crueldade e as mentiras da empresa”, afirmou Catherine Berther, mãe de Camille, morta no acidente da Ethiopian Airlines.

No documento, o Departamento de Justiça menciona que outros familiares manifestaram desejo de encerrar o caso. “A dor volta toda vez que esse processo é discutido no tribunal ou em qualquer outro fórum”, disse um parente citado no texto.

Segundo o governo, mais de 110 familiares de vítimas expressaram apoio direto ao acordo, concordaram com a tentativa de solução antes do julgamento ou ao menos não se opuseram à proposta.

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