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Búzios: conheça hotel de luxo com uma das melhores vistas – 05/06/2025 – Turismo

Os quadros com fotos antigas na parede da recepção já deixam claro que o hotel tem história para contar.

O Casas Brancas, fundado em 1974 em Búzios, acaba de completar 50 anos e entra na sexta década de existência como referência para quem busca conforto e relaxamento —e pode pagar por isso— na Região dos Lagos do Rio de Janeiro.

A reportagem da Folha se hospedou no hotel por três noites, de 13 a 16 de maio, época em que a cidade costuma ter clima agradável e, pelo menos no meio de semana, oferece vida sem estar abarrotada.

Hoje com 33 acomodações e serviços de spa, o Casas Brancas começou como uma pousada de quatro quartos, criada por Amalia de la Maria e Affonso Carlos Bebianno Montenegro. O então modesto vilarejo já tinha encantado Brigitte Bardot, mas ainda não havia ponte Rio-Niterói para facilitar o acesso a Búzios e transformá-la em cenário de novela de Manoel Carlos.

Em 2025, o hotel segue administrado pela família fundadora, e quem passa por ele percebe que outras tradições permanecem. Da geleia de laranja servida no café da manhã, receita de uma funcionária marcante, ao drinque La Divina, que homenageia a fundadora, tudo parece carregar histórias que não se encerram no prato ou no copo.

Os funcionários estão dispostos a contá-las, e o storytelling convincente reforça a sensação de exclusividade para o hóspede tanto quanto os macarons levados ao quarto no começo da noite, junto com o serviço de abertura de cama —o tipo de luxo que você julga desnecessário até vivenciá-lo.

Outro trunfo do Casas Brancas é a paisagem. Depois de cruzar a recepção, as portas em formato de arco revelam uma das melhores vistas de Búzios, de cima da baía da Armação. É ali, deitado numa espreguiçadeira, dentro da piscina ou no terraço do 74 Restaurant, que o viajante coletará suas memórias visuais mais impactantes.

Alguns quartos também podem proporcionar um pôr do sol memorável de suas sacadas charmosas —para olfatos sensíveis, o cheiro de comida que sobe da rua pode incomodar em alguns momentos do dia. As 33 acomodações são divididas em nove categorias, com preços que variam de R$ 1.559 a R$ 6.804. Algumas têm piscina privativa.

Entre as premiações já recebidas pelo Casas Brancas estão a de melhor hotel boutique do país em 2023 pelo World Travel Awards e a de melhor hotel spa da América Latina em 2025 pelo Condé Nast Johansens de Excelência.

É difícil passar por ali sem conhecer pelo menos um dos serviços de spa, que são apresentados ao hóspede como num menu de restaurante e divididos entre massagens, tratamentos faciais e corporais e aulas de ioga (todos pagos à parte, de R$ 195 a R$ 398).

Tudo muito bom, mas valem alguns alertas. Crianças com menos de cinco anos não são admitidas no Casas Brancas. Segundo o hotel, por motivos de segurança, devido às sacadas e muitas escadas, que também podem ser um problema para pessoas com restrições de mobilidade. Não há rampas ou elevadores.

É possível, e recomendado, fazer as três refeições do dia por ali mesmo, nos dois restaurantes do hotel.

No 74 Restaurant, aberto também para não hóspedes com reserva, o cardápio tem inspiração brasileira e mediterrânea, com acesso privilegiado às pescas locais. O chef executivo Rodrigo Rodrigues, que fez carreira em Portugal e passou por outros hotéis de luxo no Rio, assumiu a cozinha em abril. Destaque para o crudo de peixe branco com ponzu de manga (R$ 89) e para o polvo confit com paella cremosa (R$ 179).

As sobremesas ficam por conta da chef pâtissier chilena Jennifer Ortega. No caju amigo, com torta de castanha de caju e sorbet (R$ 55), o resultado recompensa a ousadia. A almofada de chocolate com sorbet de goiaba (R$ 51) é instagramável e equilibrada.

O café da manhã do hotel também é servido no 74 Restaurant. Em vez de um grande buffet, os sucos, frutas e iogurtes são embalados individualmente, o que garante mais frescor e higiene à comida. As cestas de pães são trazidas à mesa por funcionários como a simpática Aparecida, há décadas do hotel (ponto para o storytelling). É possível ainda pedir sanduíches preparados na hora, como croque madame, e até um açaí feito na casa.

Restaurante caçula do Casas Brancas, a 74 Osteria foi inaugurada em 2023 e oferece clássicos italianos como arancini, polpettone, parmegiana e lasanha. A berinjela assada com stracciatella cremosa e molho pomodoro (R$ 58) rouba a cena.

A osteria dá para a orla Bardot e é aberta ao público passante, num clima italiano-praieiro que se reflete na playlist original. Depois de comer ouvindo canções do álbum “Chico Buarque na Itália” e três versões de “Volare”, hora de voltar para o quarto cantarolando: “nel blu dipinto di blu” (no azul pintado de azul).

O jornalista se hospedou a convite do Casas Brancas Boutique Hotel & SPA e Documennta Comunicação

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